ICMBio é exemplo para o Brasil
Produção científica dos Centros de Pesquisa do ICMBio ganha progressivamente importância mundial.
Promover a pesquisa é uma das metas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). São 14 Centros de Pesquisa em todo o país que possuem o papel de fornecer suporte técnico científico para as unidades de conservação desenvolverem ações de conservação, protocolos de coleta de dados e monitoramento. Os Centros também são responsáveis por coordenar os Planos de Ações Nacionais (PANs) para espécies ameaçadas de extinção tais como a ararinha-azul, o sauim-de-coleira, corais e onças.
CBC
CEMAVE
CEPSUL
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul) atua na pesquisa de peixes e invertebrados dessa região do país. O Cepsul conta com 8 pesquisadores e estudantes com nível de doutorado, 7 com mestrado e mais outros especialistas e graduados. Entre 2013 e 2018, os analistas ambientais do Cepsul e pesquisadores associados produziram 49 artigos científicos, 5 livros e 18 capítulos em livros, fora as coautorias.
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Populações Tradicionais (CNPT) se dedica à pesquisa deste tema no ICMBio. Nos últimos anos, a tese da analista ambiental Iara Vasco sobre Gestão de Áreas Protegidas em sobreposição com Terras Indígenas, fruto de uma pesquisa realizada pelo CNPT, foi apresentada e debatida em vários congressos de peso internacional. Em 2014, fez parte de sessão no VI Congresso Mundial de Parques da UICN, na Austrália e do I Encontro de Aborígenes, Indígenas e Comunidades Tradicionais dos Cinco Continentes. O evento ocorreu em 2014, no Parque Nacional de Blue Mountains, também na Austrália. O trabalho também foi apresentado durante o Seminário Internacional de Gestão de Áreas Protegidas (Sigap), em Manaus.
O CNPT também foi responsável pela organização do II Encontro Latinoamericano sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (ELAPIS) que ocorreu dentro do VII SAPIS, em Santa Catarina que congregou áreas protegidas da América do Sul. No ano passado, o CNPT participou da comissão científica da terceira edição do Encontro, que vai se realizar no VIII SAPIS, desta vez no Rio de Janeiro.
Outra temática que constantemente aparece nos congressos internacionais é a do turismo interativo com a fauna Amazônia, especialmente o turismo com botos no Parque Nacional de Anavilhanas. A pesquisa é fruto do esforço do analista Marcelo Vidal e já foi apresentada em países como Canadá e Chile.
Os analistas do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) têm participado de diversos eventos, palestras e reuniões e capacitações em instituições conceituadas como o Instituto Smithsonian e a Sociedade Americana da Vida Selvagem, além de palestras em países como Dinamarca, Paraguai e Colômbia. Os trabalhos tratam de temáticas como canídeos e felinos, especialmente a onça-pintada. Só neste ano, o Cenap participou de 4 eventos internacionais, inclusive do Fórum de Alto Nível sobre Jaguares, realizado na ONU, em março.