Racistas, Fascistas, Bolsonaristas: NÃO PASSARÃO!

Racistas, Fascistas, Bolsonaristas: NÃO PASSARÃO!

Juca Guimarães

Ato organizado por torcedores e coletivos organizados segue de forma pacífica até o Congresso

: Matheus Alves I Edição: Juca Guimarães I Imagem: Matheus Alves

Em Brasília, cerca de duas mil pessoas participam do protesto antirracista e pela organizado pelas torcidas de futebol e . Durante a caminhada, os manifestantes acendem sinalizadores e carregam faixas de combate ao .

“Não podemos ficar calados enquanto o ataca os nossos direitos e ataca a democracia”, disse um dos representantes do movimento Somos Democracia, da torcida do Corinthians.

O ato também critica a falta de ação do governo brasileiro diante da pandemia do , o coronvírus, que conta com mais de 1 milhão de contaminados e 50 mil mortes em todo o país. “Estamos aqui pela vida e não vamos parar. Não daremos nenhum passo para trás porque somos democracia”, disse Emerson Vitalino, conhecido como Emerson Osasco, diretor da torcida Gaviões da Fiel.

A passeata começou por volta das 10h40 próximo da rodoviária do plano piloto. Foi levada uma grande ilustração mostrando a imagem do presidente, ao lado da cruz nazista, em referência às declarações do presidente incentivando que apoiadores invadissem hospitais para ver se os leitos de Unidade de Intensiva (UTI) estavam ocupados. O governo articulou para censurar a charge e houve uma de indignação nas .

Fonte: Alma Preta

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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