Reflexões soltas de uma cuca cansada
Por Leticia Bartholo
Quando tudo isso passar, minha avó ainda se lembrará de mim?
De quem se lembrará minha avó? De que se lembrará minha avó?
E meu pai? Terá ainda fígado? Ou consumirá o seu, tal como tenho feito com o meu?
Estarão por aqui meus filhos, minha mãe e meus afetos? Quantos deles serão memória e estatística?
E eu? Onde estarei quando tudo isso passar?
Haverá um samba? E no samba, cerveja? E na cerveja, salivas trocadas?
Como será a saliva, quando tudo isso passar?
De que matéria será o beijo?
E faremos nós jus à alcunha coletiva de humanidade? Ou seguiremos soberbos, mesquinhos, ensimesmados?
Quem seremos nós, quando tudo isso passar?
Quem seremos nós?
Leticia Bartholo – Socióloga.
E meu pai? Terá ainda fígado? Ou consumirá o seu, tal como tenho feito com o meu?
Estarão por aqui meus filhos, minha mãe e meus afetos? Quantos deles serão memória e estatística?
E eu? Onde estarei quando tudo isso passar?
Haverá um samba? E no samba, cerveja? E na cerveja, salivas trocadas?
Como será a saliva, quando tudo isso passar?
De que matéria será o beijo?
E faremos nós jus à alcunha coletiva de humanidade? Ou seguiremos soberbos, mesquinhos, ensimesmados?
Quem seremos nós, quando tudo isso passar?
Quem seremos nós?
Leticia Bartholo – Socióloga.