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rota do cangaço

ROTA DO CANGAÇO NA TERRA DE LAMPIÃO

Rota do : Na de Lampião

A figura de Lampião é tão marcante no imaginário popular brasileiro que há um roteiro turístico dedicado a ele no noroeste de , no coração do sertão nordestino.

Por Redação Xapuri

Este roteiro celebra as de Bonita e seu famoso cangaceiro, oferecendo aos visitantes uma experiência rica em história e .

Canindé de São Francisco: O Ponto de Partida

Para aqueles interessados em explorar a “Rota do Cangaço”, a pequena cidade de Canindé de São Francisco, localizada a 200 km de Aracaju, é o ponto de partida ideal. Esta cidade abriga vários atrativos que contam a história de Maria Bonita, Lampião, Corisco e Dadá, figuras centrais no cangaço. A cidade oferece uma visão profunda sobre a e as aventuras desses personagens históricos.

Passeio de Barco pelo Rio São Francisco

ROTA DO CANGAÇO NA TERRA DE LAMPIÃO
Foto: Reprodução/Internet

 

 

 

Uma das principais atrações da Rota do Cangaço é o passeio de barco pelo majestoso Rio São Francisco. Esta viagem de aproximadamente 4 horas proporciona vistas deslumbrantes de paredões rochosos até chegar ao Cangaço Eco Parque, localizado na Fazenda Angico, em Poço Redondo. Este parque ecológico é um ponto de destaque na rota, oferecendo uma imersão na história do cangaço.

Grota do Angico: O Cenário da Tragédia

A Grota do Angico é um dos locais mais emblemáticos da rota. Foi aqui que, em 28 de julho de 1938, Maria Bonita, Lampião e outros nove cangaceiros foram emboscados e mortos por uma volante composta por 49 soldados da polícia alagoana. O tenente João Bezerra da Silva, líder da volante, ordenou que os cangaceiros fossem degolados, expondo seus crânios nas escadas da Prefeitura de Piranhas, a 12 km da Fazenda Angicos.

Caminhada pela Caatinga

Para chegar à Grota do Angico, é necessário percorrer uma trilha de aproximadamente 2 km através da . Este percurso exige e orientação de um guia, pois o terreno é pedregoso e árido. No entanto, o esforço é recompensado pela oportunidade de pisar no solo onde a história do cangaço foi escrita.

A Trilha do Angico

Outra parte fascinante da Rota do Cangaço é a Trilha do Angico, um percurso de cerca de 600 km que oferece uma visão mais detalhada da vida dos cangaceiros. Um dos pontos de interesse nesta trilha é a famosa Banheira de Maria Bonita, uma grota onde a companheira de Lampião tomava banho nas raras ocasiões de chuva no sertão. Além disso, a trilha inclui locais onde os cangaceiros jogavam dominó e onde Maria Bonita e Lampião dormiam em uma cama de pedra.

Almoço e Jantar Típicos

Após explorar a trilha e visitar a Grota do Angico, os visitantes retornam ao barco para um almoço em um restaurante ribeirinho. Este momento é uma oportunidade para saborear a culinária local e recuperar as energias. À noite, a cidade de Piranhas oferece um jantar em meio a um casario histórico preservado, com apresentações culturais no centro histórico, proporcionando uma imersão completa na cultura do sertão.

Piranhas: Explorando Mais da Rota do Cangaço

A cidade de Piranhas é outro ponto de partida para explorar a Rota do Cangaço. De lá, é possível sair de barco para visitar outros locais importantes, como Entre Montes, no Cangaço Eco Parque. Esta área é conhecida pela produção de bordados, oferecendo uma visão da cultura e artesanato local.

A Rota do Cangaço oferece uma viagem fascinante pela história e cultura do sertão nordestino, celebrando as memórias de Maria Bonita, Lampião e outros cangaceiros. Desde a pequena cidade de Canindé de São Francisco até a emblemática Grota do Angico, esta rota proporciona uma experiência única e inesquecível. Utilizando técnicas de SEO, é possível garantir que mais pessoas descubram e se encantem com esta rica história do .

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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