TAGARELAS: (…) alvoroço dentro de mim.
TAGARELAS
antes de escrever
sinto alvoroço
dentro de mim.
às vezes
risos
e até gargalhadas.
outras vezes
dor
lágrimas.sem saber o real motivo
só posso aguardar
palavras-versos
que me façam enxergar.e elas chegam:
uma a uma
ou em revoada.não se trata
de figura de linguagem.
vejo-as.voam como borboletas.
borboletas tagarelas
a entrar no quarto
ou na sala.
pousam nos meus ombros
se esparramam pela casa
como crianças num pula-pula.
formam frases.
se embaralham.
sinto alvoroço
dentro de mim.
às vezes
risos
e até gargalhadas.
outras vezes
dor
lágrimas.sem saber o real motivo
só posso aguardar
palavras-versos
que me façam enxergar.e elas chegam:
uma a uma
ou em revoada.não se trata
de figura de linguagem.
vejo-as.voam como borboletas.
borboletas tagarelas
a entrar no quarto
ou na sala.
pousam nos meus ombros
se esparramam pela casa
como crianças num pula-pula.
formam frases.
se embaralham.
depois
sem se despedir
vão embora.
tento pôr no papel
o que vi
e o que senti.
só pequena parte consigo.
e o poema toma forma.
e vejo mais:
as imagens
vívidas
coloridas
ou em preto e branco
como as revistas
que eu lia
quando menino.
e vejo crianças
e pessoas adultas
sentadas em círculo
compenetradas
lendo
sorrindo
ou chorando.
depois
fecham as revistas
e as colocam de lado.
levantam-se
dão-se as mãos
e iniciam um bailado.
as revistas
– animadas de vida –
abrem as asas
e também brincam
na ciranda encantada.
.
(encantado, 6h25, 14/07/2020… faz frio, muito frio!, mas eu canto.)
Fonte: Facebook
[smartslider3 slider=39]
[smartslider3 slider=42]
[smartslider3 slider=43]