Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

TAIS: O belo tecido tradicional do Timor-Leste

O tecido tradicional de Timor-Leste chama-se TAIS e é elaborado artesanalmente em teares, por meio de uma técnica de tecelagem criada pelas mulheres timorenses.

Trata-se de um tecido que, por meio das cores, dos motivos e das técnicas utilizadas em sua  produção, retrata a  diversidade étnico-linguística do Timor-Leste, mantendo a identidade de cada região.

Os TAIS são utilizados  para a ornamentação cerimonial, decoração e vestuário.

tais-www-timortreasures-com-x

Embora várias cores sejam utilizadas na produção do tecido, o vermelho é a cor dominante.

Para muitas comunidades timorenses,  a cor vermelha  está tradicionalmente associada à vida, ao sangue e à coragem.

 Tradicionalmente, também se usa muito o preto e o amarelo.  Diz-se que quanto mais preto houver no tecido, maior a  importância da pessoa a quem se destina.

Os TAIS usados em cerimônias celebram as várias fases da vida de uma pessoa, de uma família ou de  uma comunidade, como a  apresentação de um recém-nascido, um casamento, um enterro, a inauguração de uma casa, de uma escola, ou uma festa comunitária.

Nas cerimônias oficiais, complementa-se o uso do TAIS  com plumas, ouro, coral ou prata e outros adornos típicos, principalmente para as danças.

Os homens usam tradicionalmente a tais mane, que enrolam ao redor da cintura. As mulheres usam o tais feto, uma forma de vestido sem alças.

Os tecidos são realizados maioritariamente por mulheres, sendo, por sua simbologia e importância, uma atividade bastante respeitada nas comunidades.

A principal fibra utilizada é o algodão, em geral fiado à mão nos locais onde é cultivado.

Recentemente, com a entrada de produtos globalizados no Timor-Leste,  o TAIS passou a ser produzido também industrialmente,  com fibras sintéticas e fios pré-tingidos. Mesmo assim, continuam lindos!

tais-planeta-vida

foto: planeta vida

As fontes consultadas para esta matéria foram: EPortuguese  Diak Timor 

Dreamstime  A  fotos da matéria são de: Timor Treasures


Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de comunicação independente, dedicado a garantir um espaço de Resistência pra quem não tem  vez nem voz neste nosso injusto mundo de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!

PHOTO 2021 02 03 15 06 15 e1615110745225

Revista Xapuri

Mais do que uma Revista, um espaço de Resistência. Há seis anos, faça chuva ou faça sol, esperneando daqui, esperneando dacolá, todo santo mês nossa   leva informação e esperança para milhares de pessoas no inteiro. Agora, nesses tempos bicudos de pandemia, precisamos contar com você que nos lê, para seguir imprimindo a Revista Xapuri. VOCÊ PODE NOS AJUDAR COM UMA ASSINATURA? 

ASSINE AQUIBFD105E7 B725 4DC3 BCAD AE0BDBA42C79 1 201 a

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA