Vigília Lula Livre: De “casa” nova, mais perto de Lula

Vigília Livre: De “casa” nova, mais perto de Lula

Mais perto de Lula: A Vigília Lula Livre, que acompanha Lula desde o seu encarceramento na masmorra de Curitiba há 102 dias anuncia que alugou um terreno bem de frente para a sede da Polícia Federal. Depois de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Paraná, onde a Vigília conquistou o direito de permanecer parte do tempo na Praça Olga Benário, a Vigília emitiu nota comunicando os procedimentos e horários daqui pra frente.

Vigilia Lula Livre Theo Marques

Veja a nota na íntegra:

Curitiba, 17 de julho de 2018

Depois de audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, ontem (16), com a presença de representantes da Secretaria Estadual de , Ordem dos Advogados do (OAB), Defensoria Pública do do Paraná, prefeitura de Curitiba, moradores do Santa Cândida e a coordenação da Vigília Lula Livre, chegamos ao seguinte acordo oficial, que será cumprido pelas partes:

1 – Mantemos o direito à livre manifestação, ao uso da chamada Praça Olga Benário, de onde seguiremos diariamente enviando ao ex-presidente a mensagem de “Bom dia”, mantendo esse canal de denúncia da prisão de Lula e, também, a comunicação dele com a sociedade brasileira.

2 – A Justiça concedeu o direito a seguirmos enviando o “Bom dia” ao presidente do horário das 9h até 9h30, o “Boa noite” das 17h às 17h30. Além disso, nas segundas e quintas-feiras, temos o direito de uso do espaço da praça das 17h às 19h. Informamos que seguiremos lançando o “Bom dia” da Praça Olga Benário, e agora o “Boa tarde” e “Boa noite” será no terreno alugado na frente da superintendência da Polícia Federal, batizado de espaço “Lula Livre”, parte da Vigília. Ali também acontecerão as atividades no final de semana.

3 – Todas as pessoas indignadas com a situação do país e que lutam pela democracia estão convidadas a participar de nossas atividades. Atividades culturais, debates políticos e nossa comunicação alternativa seguirão acontecendo nos espaços alugados pelas organizações da Vigília.

4 – Não podemos ter mais situações como a que ocorreu no dia 15 (segunda) pela manhã, de proibição pela Polícia Militar do trânsito por parte de militantes, jornalistas, entre outros, circularem até o terreno locado. Teremos o direito à mobilidade entre os espaços privados alugados pela Vigília Lula Livre.

5 – O acordo é uma vitória do direito à manifestação, é um repúdio a pequenos agrupamentos de extrema que pedem intolerância, é um sinal do respeito que a sociedade de Curitiba tem pela Vigília, que é marcada por solidariedade e por . Alcançamos 102 dias até aqui denunciando uma situação de injustiça única na História do país, de um presidente popular e referência mundial estar encarcerado sem o completo trânsito em julgado do processo.

6 – Seguiremos respeitando a vizinhança e buscando o diálogo, sobretudo agora na nova localidade, respeitaremos os momentos de silêncio, mas exigimos também respeito aos homens e das organizações que fazem caravanas para nos visitar.

7 – Lula Livre, Lula Inocente, Lula Presidente! Rumo ao registro da candidatura, no dia 15 de agosto em Brasília!

Vigília Lula Livre

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Edição: Laís Melo

Fotos: Ricardo Stuckert – Theo Marques – Ricardo Stuckert – Vigília Lula Livre/Divulgação (capa)


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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