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NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950

NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950

Nove imagens belíssimas do nos anos 1950

Criada em 1936, a revista Time foi uma publicação de fotojornalismo popular dos . Nos anos 50, 1957 para ser exato, a Time  publicou uma  matéria intitulada  “Dores de Crescimento de um País Grande: o ambicioso Brasil possui grandes riquezas, ótimo potencial e problemas significantes”, com belíssimas fotos. 

Por Eduardo Pereira 

Confira aqui as imagens publicadas pela Time em 1957, com suas legendas originais traduzidas do Inglês para o Português pela Redação da

NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
O belo Rio de Janeiro. Seus morros são famosos. Ao centro, o dramático  Pão de Açúcar. Entretanto, há problemas aí. Para a agonia da população carioca,  as visitas ao Pão de Açúcar quase estrangulam o trânsito. Mesmo assim,  fazem a cidade ter uma vista maravilhosa ao anoitecer – Foto: Dmitri Kessel/Getty Images
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
Motores decrépitos, como os destes queimadores de lenha de 1904 no corredor  Belém-Bragança, são pragas nas ferrovias. Como as madeiras de eucalipto emitem a fragrância de xarope de garganta, os motores parecem estar resfriados
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
Cena do Brasil – 1957
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
Cena no Brasil – 1957
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
A antiga capital foi Salvador. A cidade perdeu seu título para o Rio em 1763 após ser descoberto ouro no sul. Salvador tem uma parte construída ao longo do porto, a parte baixa,  e uma outra  com igrejas, monastérios que datam desde o século 17 nas altas colinas
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
A futura capital está sendo construída por que vivem num aglomerado de 2.000 casas temporárias de madeira, próximas ao plano piloto de . Comerciantes vêm das próximas para vender de produtos secos a  lâminas de barbear pelas ruas. Não há estrada terminada para o local e quase todo o tráfego vem e sai de avião
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– 1957
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
Cena do Brasil – 1957
NOVE IMAGENS BELÍSSIMAS DO BRASIL NOS ANOS 1950
A Amazônica cobre um terço do território nacional. Quase que perdidos na bacia da Amazônia estão 3,5 milhões de pessoas…  (em 1957)

Fonte: Revista Time

  Imagens dos anos 50 legendas  traduzidas  pela Redação Xapuri 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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