2020: O ano de lutar e resistir!

2020: O ano de lutar e resistir!

O ano de 2019 se encerra com gosto amargo nas mesas dos/as servidores/as públicos/as do de . Um que outrora reunia a família para as comemorações fraternas tornou-se palco de discussões políticas acerca da retirada de direitos e do discurso do governo Caiado, que centrou esforços em colocar a opinião pública contra os/as servidores/as honestos/as e dignos/as do nosso Estado…

Por Bia de Lima

2019 foi um ano de muitas lutas. No fim de dezembro, servidores/as públicos/as, em especial os/as da convocados/as pelo SINTEGO, montaram acampamento na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), para lutar contra as propostas governamentais. Os/as /as ocuparam as galerias e acompanharam atentamente todo o trâmite que previa a retirada de direitos historicamente conquistados.

No entanto, após muitas manobras, os/as deputados/as Estaduais aprovaram os Estatutos do Magistério e do/a Servidor/a, retirando a licença-prêmio e o quinquênio dos/as servidores/as. Aprovaram ainda a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência Estadual, que retira dos/as servidores/as públicos/as, em especial da Educação, a possibilidade de uma aposentadoria digna.

Juntamente com outros sindicatos das categorias prejudicadas, o SINTEGO já se organiza e mobiliza para enfrentar essas e outras possíveis políticas nefastas deste governo cruel. Nesse sentido, o Fórum em Defesa dos/as Servidores/as e Serviços Públicos do Estado do Goiás, do qual o SINTEGO faz parte, por meio do SINDIPUBLICO, teve um pedido de tutela provisória de urgência acolhido pela no último dia 02/01.

Foi determinada a suspensão da Emenda da Previdência até o julgamento, em definitivo, da ação civil pública principal ou até a promulgação da PEC Paralela em âmbito federal (PEC 133/2019). Enquanto a emenda está suspensa, prevalece a legislação que anteriormente estava em vigor.

A aprovação desses projetos na Alego consolida o pacote de maldades proposto pelo governo Estadual, que não efetuou o pagamento do reajuste do Piso de 2019 para 97% da categoria, numa manobra maldosa para destruir a carreira do Magistério.

Mais uma vez a carreira dos/as trabalhadores/as em Educação de Goiás foi achatada, já que o pagamento do reajuste foi realizado para apenas 3% dos/as profissionais.

A categoria da Educação sofre de todos os lados. As progressões não foram assinadas, a Data-Base dos/as administrativos/as ainda não foi paga, sendo que muitos destes profissionais recebem menos que um salário mínimo. Um absurdo!

As perdas foram muitas! Mas 2020 convoca-nos, enquanto classe trabalhadora, a nos fortalecer ainda mais, para fazermos a resistência e travarmos coletivamente todos os enfrentamentos que estão por vir!

O SINTEGO seguirá lutando bravamente pelos/as trabalhadores/as da categoria. Temos muitos desafios pela frente: seguiremos na luta pelo reajuste do Piso para todos/as, pelo pagamento da Data-Base, pela assinatura das progressões, pela garantia do quinquênio, da licença-prêmio e do nosso direito de aposentar. Precisamos ter nossos direitos garantidos, resguardados e cumpridos!

#SINTEGONALUTA

Bia de Lima – Presidenta do SINTEGO


Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de independente, dedicado a garantir um espaço de Resistência pra quem não tem  vez nem voz neste nosso injusto de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA