5 de Setembro: Dia da Amazônia, Dia de Luta!

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O Dia da Amazônia é comemorado em 05 de setembro e busca voltar a atenção da população para uma das maiores reservas naturais do planeta. Essa data foi escolhida por coincidir com a data de criação da província do , em 1850, por D. Pedro II.

→ Amazônia

A Amazônia, o maior bioma do Brasil, possui aproximadamente sete milhões de quilômetros quadrados, distribuídos em nove países da América do Sul, e é o habitat de inúmeras espécies de seres vivos. Estima-se que existam cerca de 40 mil espécies de plantas, milhões de diferentes e cerca de 400 mamíferos. Além disso, a Amazônia é uma grande fonte de matérias-primas utilizadas na medicina, na alimentação e em outras atividades comerciais.

→ Destruição da Amazônia

Apesar de o Ministério do afirmar que nos últimos dez anos o desmatamento caiu, a Amazônia ainda tem vivido uma intensa destruição. São comuns os relatos de derrubada das árvores para extração de madeira, grandes áreas destruídas pela mineração e criação de hidrelétricas, além de grandes extensões devastadas para a criação de pastos e desenvolvimento da agricultura, como é o caso das plantações de .

A destruição da Amazônia afeta principalmente a biodiversidade. Com a perda de espécies, os seres humanos também são afetados, uma vez que, muitas vezes, os seres vivos extintos eram utilizados economicamente ou para consumo humano, principalmente pelas comunidades tradicionais da região.

Além da perda de biodiversidade, a destruição da Amazôniaafeta o equilíbrio climático de todo o planeta, uma vez que altera as chuvas no país e no restante da América Latina. Além disso, a devastação da Amazônia, que é um grande reservatório de , também pode causar a liberação desse elemento para a atmosfera.

Para deter a destruição desse importante natural, é fundamental o uso sustentável dos recursos e também o fim do desmatamento. Outro ponto importante é criar áreas de conservação e investir em fiscalização das terras para impedir que as leis sejam descumpridas. Algumas organizações não governamentais atuam na Amazônia para evitar a sua destruição. Entre essas ONGs, podemos citar a WWF-Brasil (World Wildlife Fund) e o Greenpeace.

Para nós, guardiães das florestas, será um dia de luta, para lembrar que é preciso manter a atenção e a mobilização pela vida da nossa grande e logo, pelas nossas vidas. Por isso, a APIB – Articulação dos Indígenas do Brasil convoca você para estar nas ruas neste dia. É preciso que providências sejam tomadas em relação ao crime contra humanidade que vem sendo cometido através das queimadas e do grave desmatamento da Amazônia. Que o que foi queimado, seja reflorestado. Nós não temos plano “B”, o momento é grave e urgente. O Estado brasileiro precisa assumir a sua responsabilidade no que se refere às políticas ambientais. Mobilize-se! Faça valer a sua voz.

Dia 05 de setembro, vamos as ruas pedir pela Amazônia.

Via: APIB e Mundo Educação

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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