Caatinga: um bioma 100% brasileiro
Em 28 de abril comemora-se O Dia Nacional da Caatinga, um domínio (frequentemente tratado como Bioma) que abrange a maior área de Florestas Tropicais Sazonalmente Secas da América do Sul.
A Caatinga é exclusiva do Brasil, localiza-se inteiramente na região do Semiárido, e ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Seu nome deriva da língua Tupi, significa “mata branca”, em referência ao aspecto claro da vegetação, que frequentemente perde as folhas durante a estação seca do ano.
A Caatinga engloba os estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe, e o norte de Minas Gerais. Rica em biodiversidade, abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas.
Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A Caatinga tem um imenso potencial para conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da região e do país.
A biodiversidade da Caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e em indústrias, ao sobrepastoreio e à conversão para pastagens e agricultura.
Frente ao avançado desmatamento, que chega a 46% da área do bioma, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e estaduais na Caatinga, além de promover alternativas para o uso sustentável da sua biodiversidade.
Fonte: . Foto: Divulgação/ CesarCoelho667/ Wikimedia.