Corcovado: Escola Alemã ensina Educação Ambiental

Corcovado: Alemã ensina Educação Ambiental desde o Maternal

A instituição realiza diversos projetos pedagógicos ambientais que tem como objetivo conscientizar os estudantes desde pequenos e mostrar a importância de uma sociedade sustentável

Há 25 anos, a Escola Alemã Corcovado, localizada em Botafogo, no Rio de Janeiro, implementa e realiza diversas atividades pedagógicas ambientais interdisciplinares no currículo escolar de seus alunos, desde o maternal. Os projetos têm como objetivo conscientizar os estudantes desde pequenos e oferecer compreensão dos fatos naturais e humanos a respeito das questões ambientais, colaborando para a criação de uma sociedade ambientalmente mais sustentável.

São diversos projetos ambientais que ocorrem em toda escola ou em turmas específicas ao longo do ano letivo, como o “ Horta Escolar”, o “Projeto ” e o “Projeto Água”. Para o Danilo Netto, responsável pela Educação Ambiental na escola, é muito importante essa discussão como forma de educar as novas gerações para um mais sustentável. “É necessário mostrar para os alunos a importância dessas ações no dia a dia e fazer com que essas atividades e boas práticas sejam incorporadas aos seus ideias e estilo de ”.

No “Horta Escolar”, os alunos cultivam diversas plantas, verduras e legumes, por meio de técnicas de ecológica, que serão utilizadas como temperos, remédios e enfeites. Há ainda um “minhocário” onde é produzido o adubo natural. Além disso, no “Projeto Água”, foi construído um sistema de captação da água da chuva para ser utilizada na irrigação da horta escolar, evitando assim o desperdício.

Já no “Projeto Lixo” é feita uma coleta seletiva de papel, recuperando parte desse lixo produzido na escola. Utilizando a pedagogia dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), uma parte deste material reciclado é usado na confecção de blocos e cadernos ecológicos que são utilizados pelos próprios alunos na escola. Já a outra, que não pode ser reutilizado, é reciclado artesanalmente na própria escola e o restante é doado para um sucateiro do bairro que o vende a uma indústria de reciclagem.

Aproveitando a natureza do Rio de Janeiro, a Escola Alemã Corcovado também realiza muitas práticas de Educação Ambiental ao ar livre e excursões científicas ambientais. Alunos percorrem as alamedas da instituição para conhecer e identificar diversos tipos de árvores, além de visitas a diversos parques e reservas ambientais.

Youngreen

A Escola Alemã Corcovado possui também um grupo de estudantes do ensino médio, chamado de “Youngreen”, que realiza diversos projetos voltados à conscientização ambiental. O grupo se encontra semanalmente e discute vários temas e pautas como coleta seletiva e a proibição do uso de canudos plásticos.

No projeto “Lixo e Vida”, os alunos do Youngreen reutilizam copos plásticos e os transformam em pequenos vasinhos na produção de uma horta de temperos. A ideia é conscientizar sobre o uso de plásticos, criando opções fáceis, criativas e sustentáveis de reaproveitamento, como o cultivo de uma horta doméstica. No início do ano, os alunos também assistiram uma palestra sobre coleta seletiva e aprenderam mais sobre os impactos do descarte inadequado de plástico e outros .

Sobre a Escola Alemã Corcovado

Criada em 1965, a Escola Alemã Corcovado, localizada em Botafogo (Rio de Janeiro), proporciona aos seus alunos uma moderna formação escolar, com base nos mais atuais padrões de ensino, tanto alemães como brasileiros. Em maio de 2017, a Escola Alemã Corcovado foi a única instituição fora da Alemanha a receber o principal prêmio escolar alemão, o Deutsche Schulpreiswww.eacorcovado.com.br

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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