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17 de Abril: Dia Internacional de Luta Camponesa

17Abril |Dia Internacional de Luta Camponesa: Direitos Camponeses Já! Com Reforma Agrária e Justiça Social

Por Via Campesina 

As organizações que compõem a Via Campesina lançaram um chamado de ação para as atividades e mobilizações da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária que este ano tem como lema: “Direitos camponeses já, com Reforma Agrária e Justiça Social”. A Via reitera no comunicado o compromisso com a Reforma Agrária e com a justiça social.

Acompanhe: 

Neste 17 de abril, Dia Internacional da Luta Camponesa, com nossa memória viva e com a rebeldia herdada por nossos 19 camaradas sem-terra assassinados impunemente no chamado “Massacre de Eldorado dos Carajás” no Pará, Brasil; como a cada ano chamamos nossas organizações membras de LVC, amigas e amigos e aliadas/os para unificar ações de luta em nível global; afirmando que só é possível ter Direitos Camponeses com Reforma Agrária e Justiça Social.

Em 17 de dezembro de 2018, a 73ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque adotou a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Camponeses e Outros Trabalhadores em Áreas Rurais, agora que a declaração é um instrumento jurídico internacional.

Como Via Campesina nos mobilizamos para uma real implementação nos territórios, e isto implica que os Estados garantam o acesso à terra, a proteção das sementes contra a comercialização e a paralisação dos despejos e mortes e a aplicação de medidas contra os agrotóxicos; justiça social significa então que aqueles que alimentam o mundo vivem em condições dignas e em paz no campo, sem serem julgados por defenderem seus direitos e territórios.

Nesse sentido, a urgência da Reforma Agrária, em um contexto de extrativismo e apropriação alarmante de terras, é estratégica, já que a ofensiva neoliberal em todo o mundo é acompanhada pela perda de direitos da classe trabalhadora e, consequentemente, do campesinato.

Por isso, no dia 17 de abril nos mobilizamos em jornada de lutas em todos os países e convocamos à luta e resistência em todos os territórios, convocamos também outros movimentos sociais organizados, sindicatos, universidades, mídia amiga e governos populares que priorizam os povos, porque os Direitos Camponeses conquistados não podem ser substituídos por políticas públicas baseadas nos interesses do mercado global e do agronegócio.

Denunciamos este modelo que não só desterritorializa as populações camponesas, mas também se apropria de seus direitos, bens comuns e suas vidas, em nome da produtividade e do desenvolvimento do sistema capitalista no campo.

Chamamos então a levantar os punhos de forma unificada, no campo e nas cidades pelos Direitos Camponeses, Soberania Alimentar e Agroecologia, globalizando a luta e a esperança dos povos frente a este modelo de morte.

 

#DerechosCampesinosYA

#ReformaAgrariaYJusticiaSocial

#LaViaCampesina

 

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Fonte:

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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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