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Cigarro, o maior responsável por poluição dos oceanos

Cigarro, o maior responsável por poluição dos oceanos

As bitucas de cigarro estão poluindo os oceanos mundo afora…

Por hypeness.com.br

Além de ser extremamente tóxico ao corpo humano, o cigarroé uma ameaça real aos oceanos. De acordo com a Ocean Conservancy, que patrocina anualmente a limpeza de praias, em 32 anos foram colhidas mais de 60 milhões de bitucas nos mares.

O fato coloca o resto desprezado do cigarro como o responsável principal pela poluição dos oceanos, ultrapassando inclusive o plástico. As bitucas representam um terço das porcarias retiradas do fundo do mar.

Para piorar, resíduos de cigarro foram detectados em cerca de 70% e 30% das aves e tartarugas marinhas, respectivamente. O plástico também faz participação especial no cenário catastrófico, já que as guimbas possuem o o produto nos filtros, que não são biodegradáveis.

No mundo, são produzidos cerca de 5,5 trilhões de cigarros todos os anos e a grande maioria deles leva filtros de acetato de celulose, levando mais de 10 anos para se decompor totalmente. Somado ao descarte irregular, os oceanos se transformam no abrigo do poluente.

Os dados foram revelados por Thomas Novontny, fundador do Projeto de Poluição por Bitucas de Cigarro. Falando à NBC News, o professor da Universidade Federal de San Diego conta que os filtros são apenas uma instrumento de marketing adotado pelas empresas.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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