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DICAS PARA UMA FESTA INFANTIL MAIS SUSTENTÁVEL

Dicas para produzir uma festa infantil mais sustentável

Festa infantil sustentável: A preocupação com o está cada vez maior e as mudanças podem começar nas pequenas coisas

Produzir uma festa infantil é sempre um desafio. Planejamento, comes e bebes, decoração, tema, são tantas as opções que chegamos a ficar confusos. O grande problema é a quantidade de gerada nesse tipo de evento.

Por isso, para ajudar a produzir uma festa infantil mais sustentável, que ajude o planeta e ainda incentive as crianças a terem uma maior consciência ambiental, a bióloga, gestora ambiental e sócia-proprietária da Beegreen Urbana, Jéssica Pertile, separou algumas dicas.

1. Planeje-se

Agradar crianças nem sempre é fácil, ainda mais quando se trata de aniversário. Porém, hoje temos opções que possibilitam unir diversão e cuidado com o meio ambiente. Para isso, planejar é sempre a melhor solução. Pense no tema, no lugar, na quantidade de convidados, em tudo que será oferecido as pessoas. A partir daí, busque as opções mais práticas e sustentáveis para a festinha.

2. Mantenha a Simplicidade

É possível fazer uma festa incrível sem gerar tanto lixo. Tema escolhido, opte por produtos reutilizáveis, toalhas de pano, copos retornáveis – não precisam ser de vidro, existem milhares de opções de copos – , canudos, talheres e pratos mais sustentáveis, que possam ser reutilizados nas próximas festas. Escolha uma cor neutra, assim você consegue combinar com qualquer tema.

Mas e se a festa for grande, como fazer para fugir dos descartáveis? Opte por opções menos agressivas, como papel que degrada mais rápido. Espalhe pela festa algumas canecas com canetinhas, para que as pessoas identifiquem seus copos e pratos, a fim de evitar o desperdício.

3. Decoração

Evite balões! Eles são lindos, mas ao mesmo tempo são altamente prejudiciais ao meio ambiente, e um perigo para as pessoas. São fabricados de dois materiais: látex ou nylon. O látex é considerado o “mais adequado”, por ser biodegradável, mas pode demorar entre 6 meses a 4 anos para se decompor, causando danos graves ao meio ambienteDicas para produzir uma festa infantil mais sustentável

Outro problema está no uso do gás hélio para inflar balões. Esse elemento nobre e de fonte não renovável é utilizado em setores importantes como a medicina e a ciência, e a falta dele pode afetar e muito nossas vidas.

Por isso, crie alternativas; vá até o quarto da criança e veja tudo que pode ser usado para a decoração, como brinquedos, livros e objetos pessoais, que deixam a festinha com a cara e a personalidade dela.

4. É hora de convidar os amigos!

Uma das horas mais divertidas para as crianças é a de convidar os amigos. Uma ótima opção nesse caso são os convites digitais. Você pode pedir para a criança desenhar seu próprio convite, digitalizar e enviar para os convidados.

5. Comes e bebes são fundamentais.

Vai fazer uma torta salgada? Deixe na própria forma, cortadinha, assim as pessoas podem se servir com maior praticidade. Outra boa opção são frutinhas cortadas em cubinhos, pois são doces e saudáveis. Mas como estamos falando de festa infantil, brigadeiro e beijinho não podem faltar, já que as crianças adoram e você pode deixar na bandeja, para elas irem pegando e comendo.

Se quiser dar um charme, uma opção legal são pedacinhos de retalho, é só você higienizar, cortar e acomodar os docinhos. Nada de plástico, hein?  Quanto as bandejas e os pratos, use o que você já tem em casa.

Não tem? Escolha reutilizáveis, como dissemos acima e guarde para as próximas festas. Sobre as bebidas, arrume aquelas “suqueiras de vidro”, nela você pode colocar o que quiser e os convidados vão servir-se à vontade. Vai encomendar as comidas e bebidas? Converse com os seus fornecedores para que eles utilizem a menor quantidade possível de descartáveis.

6. Jogos e brincadeiras

Você pode contratar um animador e sugerir brincadeiras simples e divertidas para entreter a criançada. Outra opção legal é você bolar junto com seu filho (a) algumas brincadeiras para esse dia tão especial. Existe uma infinidade de opções: esconde-esconde, pega-pega, pular elástico, entre outras. Deixe as crianças escolherem as músicas e dançarem, a imaginação pode fluir nesse quesito.

Dicas para produzir uma festa infantil mais sustentável

7. Viva! Hora dos presentes.

Você pode até tentar conversar com o seu filho sobre isso, mas estamos falando de crianças, faz parte da festa e você não precisa arruinar isso. Deixe a criança ter essa experiência. Peça aos convidados que não embrulhem os presentes, só com essa atitude já conseguimos evitar uma boa quantidade de lixo.

8. Lembrancinhas também fazem parte

Não sabemos quando essa tradição começou, mas ela ainda está muito presente em festas infantis. Uma boa ideia é a pintura. Faça uma aula de pintura com os pequenos, pois além de entretê-los, eles ainda podem levar a para casa. Existem várias opções, seja criativo.

Dicas para produzir uma festa infantil mais sustentável

9. Deslocamento

Já na onda da festa sustentável, vamos incentivar também a mobilidade consciente. Sugira aos seus convidados opções de deslocamento, como a carona compartilhada, a bicicleta, dentre outras opções.

10. A festa acabou, hora de limpar tudo e cuidar do lixo.

Você é responsável pelo lixo dos seus convidados. Dá para fazer uma festa 100% sem lixo? Dá, mas nós sabemos o quanto isso é difícil. Então, quanto menos produzirmos, melhor, não é mesmo?

Deixe lixeiras separadas para cada tipo e resíduos. Separe os orgânicos, eles podem ir para a compostagem. Hoje existem composteiras para casa, mas caso você não tenha espaço, procure uma empresa para cuidar disso.

São dicas simples e práticas para que a festa seja linda e tenha menos impacto na natureza. “Essas pequenas atitudes fazem toda a diferença e ainda incentivam, não só os adultos, como também ajudam na dos pequenos”, finaliza Jéssica.


Aviso: Esta matéria é uma contribuição da Beegreen. Para mais informações:


 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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