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FOLHA DE LOURO: UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO NATURAL

FOLHA DE LOURO: UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO NATURAL

Folha de louro: uma opção natural no apoio ao tratamento do câncer e do diabetes

Usada em diversos pratos como sopas, chá e molhos, a folha de louro proporciona benefícios para a saúde…

Beneficios da Folha de Louro planta Bernadete Alves

Por Stella Legnaioli/Ecycle

folha de louro vem do loureiro, uma árvore que atinge até dez metros de altura e é conhecida cientificamente como Laurus nobilis. As folhas de louro podem ser colhidas e utilizadas durante todo o ano. Seus frutos, entretanto, semelhantes a pequenas azeitonas escuras, são colhidos apenas durante dois meses do ano. Sendo do mediterrâneo, o louro é muito cultivado em vários jardins da Itália, mas também é possível cultivá-lo no Brasil.

Muito usada na culinária em diversos pratos como sopas, legumes, chá e molhos, a folha de louro proporciona benefícios para a saúde, como controlar os níveis de açúcar no sangue e o colesterol, tratar feridas, entre outros. Confira:

Potencial de uso contra o câncer

Um estudo concluiu que o extrato da folha de louro é uma opção natural capaz de eliminar células cancerígenas, auxiliando a apoptose (a morte celular programada).

Uma solução para o diabetes

De acordo com um outro estudo, tomar todos os dias cápsulas que contêm de um a três gramas de folha de louro pode ajudar a diminuir e a controlar os níveis de glicose e colesterol em pessoas com diabetes. Isso ocorre, provavelmente, porque as folhas de louro contêm polifenóis, que são poderosos antioxidantes. Esta informação promissora indica que a folha de louro pode ajudar a regular e até prevenir o diabetes e outras doenças cardiovasculares.

Pode tratar feridas

Alguns estudos mostraram que as propriedades curativas do extrato da folha de louro podem reduzir a inflamação de feridas. Apesar desses experimentos terem sido realizados em ratos, as cientistas imaginam que em humanos o efeito seja semelhante. Se assim for, a antiga tradição de usar folha de louro para curar feridas tem finalmente uma prova científica.

Trata pedras nos rins

Um estudo analisou o efeito do extrato de folha de louro sobre pedras dos rins e chegou a conclusão de que, juntamente com oito outras ervas medicinais tradicionais, a folha de louro foi capaz de reduzir a quantidade de urease no organismo. Isso significa que ela tem potencial para auxiliar o tratamento de pedras nos rins.

Auxilia tratamento de convulsão

Textos antigos referem-se à folha de louro como um remédio para convulsões. Um estudo realizado em ratos mostrou que, essa prática, pode ter respaldo científico, pois o extrato da folha de louro foi eficaz contra convulsões.

Chá de louro para o estômago

A infusão de louro é usada para aliviar dores de estômago ou cólica, pois promove a digestão e ajuda a expelir os gases do trato gastrointestinal.

Use de três a quatro folhas para preparar o chá de louro. Deixe a folha de lourona água fervente por cerca de dez minutos e tome entre duas ou três xícaras ao dia.

Usos do louro na cozinha

A principal função da folha de louro na cozinha é temperar o mais diversos pratos, mas ela também proporciona o benefício de tornar suas receitas mais digeríveis, evitando o risco de inchaço abdominal.. Essa erva aromática combina particularmente com molho de tomate, feijão, grão-de-bico, lentilha, refogados e chá.

Mas é importante saber que a folha de louro não deve ser ingerida, devendo ser removidas após o preparo da refeição.

Contraindicações

Quando consumido em exagero o louro pode causar sonolência, cólicas abdominais, diarreia e dor de cabeça. O uso tópico pode causar erupções cutâneas e dermatites em pessoas hipersensíveis à planta. O consumo diário de louro, e acima de tudo os remédios naturais que utilizam o louro em sua composição, são contraindicados para mulheres grávidas, pois podem estimular o aborto. Os remédios naturais de louro também não são recomendados para crianças.

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p style=”text-align: justify;”>Fonte: Ecycle

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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