O Lawfare e… o zoológico republicano de Janot e Dallagnol
Por Marconi Burum
O que mesmo esperar de uma
[ República dessas?
Temos um Promotor criminoso,
Não passa de um justiceiro meticuloso.
Ardiloso político que afunda o País
Apenas para tirar o adversário de um pré-poder.
Querer ter esperança com essa Instituição?!
Presunção desse tal Dallagnol:
Se fez bomba,
Mas não saiu do paiol.
E acendeu um pavio,
Ninguém viu,
Hoje vê que o Brasil
Derreteu seu Estado de Direito,
Ficando estreito tal
Que pouco pode ser feito
[ para nos salvar.
Lawfare é o Direito usado
[ como arma de guerra.
Destruir quem não gosto usando a Justiça
É a não-justiça,
O lugar do não-direito,
O não-lugar…
Ministério Público é isso?
O viço
Do Janot,
O Procurador-Mor da República
Que assumiu que assassinaria um ministro,
Um rato,
É verdade,
Insisto,
Mas não justifica a maldade
De quem deveria proteger todos nós.
Qual civilização
É tão bárbara,
Tão selvagem
Quanto a nossa?
É a ausência mínima de regra
De conduta
De liberdade
De fraternidade
De igualdade
De sobriedade.
Enlouquecemos enquanto nação.
Não há prescrição!
Estamos doentes,
Dementes
E mais indecentes!
Mesmo no mundo animal
Existe algum pudor estético,
O ético ponderável dos bichos
Na cadeia alimentar adversária.
Janot matar Gilmar,
Parece sim um favor ao Brasil,
Mas é o não-favor,
Pois estamos de volta às cavernas
Escuras e frias do não-lugar…
E famintos!
Hora de pensar:
Zoológico republicano.
Ilógico e insano.
Estes que são apenas dois
De um quase todo Poder Judiciário
Saído do armário
Para matar a civilização tardia,
Ardia o efeito,
Agora troglodita de Direito.
Instituições fortes,
Sempre ouvi.
Democracia consolidada,
Sempre lutamos.
Porém, se os donos da República
São bichos que se digladiam
[ sem Lei,
Não sei se vadiam aqui,
Fingindo que são civilizados,
Ou se deveriam ser enjaulados
No zoológico republicano.
Puritanos!
Puritanos de uma figa!
O atual Ministério Público do Brasil
Não é uma instituição amiga
Que cuide do Direito Coletivo.
Não passam de um ativo
[ bárbaro,
Uma casta gasta e falha
De vaidosos endinheirados,
Patrocinados com nossos impostos
E nossa cognição entorpecida
Que teima endeusar heróis de palha!
Oportuno é comprar pesticida.
(Não! Ainda podemos ser humanos.)
Mas como as práticas de Dallagnol,
Ou a libido mortífera de Janot,
Ao menos espantar para o esgoto
[ da História,
Esses arrogantes escrotos,
Déspotas dos piores,
Que no broto do arroto,
Se acham humanos…
[ melhores!
………………….
Nota 1: Fiz questão de produzir essa crônica em forma de poesia. A poesia tem algum poder de transladar a alma. Mais que apenas a razão metafísica, precisamos atingir nossa alma numa dialética simpática e termos rever nossa condição de humanos – e civilizados!
Nota 2: A licença poética me autorizou “generalizar” quase todo o Ministério Público. Não! Não são desumanos quase todos os membros do Ministério Público. Aliás, a maioria é gente do bem. Porém, MUDOS. Sim! São mudos, pois vêm as atrocidades de seus colegas MAIS PODEROSOS praticam e nada fazem ou falam para inibir o retrocesso que estes causam ao País e ao Estado de Direito.
Marconi Moura de Lima Burum
Professor, escritor. Graduado em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) e Pós-graduado em Direito Público pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Leciona no curso de Agroecologia na Universidade Estadual de Goiás (UEG), e teima discutir questões de um novo arranjo civilizatório brasileiro.
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