Formosa Paixão

FORMOSA PAIXÃO!

Formosa Paixão!

Formosa, nosso lugar, nossa amada casa, o local onde fica a sede da Xapuri, faz aniversário em 1o de agosto. Para celebrar, compartilhamos a letra da música Formosa Paixão, produzida por e Chico Filho, na madrugada do dia 06 de maio de 2011:

Formosa, Lagoa Encantada
Paranã, Esperança, Cerrado
Araras, Bisnau, Andorinhas
Lajedo Alagado

Itiquira, Fartura das Águas
antigo, Crixás,
Lago Azul, Sóis, Luas, Auroras
Arrebol Dourado

Formosa
Janela de Sonhos
Bola, Lobeira, Viola
Formosa Paixão!

Formosa Paixão
Foto: Buraco das Araras Acervo: Prefeitura Municipal

ALGUNS DADOS HISTÓRICOS SOBRE FORMOSA

Pra quem é de outra região, segue um pouco mais de sobre Formosa:

– Formosa é um município do goiano. A sede do município está localizada a cerca de 80 km de Brasília e a 280 de Goiânia, capital do de .

– Sua população, segundo o Censo do IBGE (2010), é de 97.903 habitantes. Quem mora por aqui sabe que já passamos muito dos 100 mil.

– Nossa cidade surgiu em meados do século XVIII, quando Goiás fazia parte da Capitania de São Paulo.

– A região onde o Arraial dos Couros foi erigido já havia sido habitada por ameríndios, há pelo menos 4 milênios antes da nossa era.

– Segundo a , seus primeiros habitantes foram os moradores do Arraial de Santo Antônio, no vale do Paranã, que migraram para o novo local depois de uma forte epidemia de malária. O povoado foi primeiro batizado de Arraial dos Couros, em aos viajantes que acampavam no local para vender couro e sal.

– Contrariando a lenda, não havia casas cobertas de couro. Os couros e as peles dos animais eram produtos muito valiosos, usados para o comércio (somente em situações excepcionais, o comerciante os utilizava como cama). No final do século XIX, as casas do povoado eram cobertas de capim, ou com folhas de coqueiro.

– A primeira rua de Formosa foi a Rua dos Crioulos, hoje Rua Jesulino Malheiros.

– A criação do município de Formosa deu-se em 1 de agosto de 1843.

Fonte: Dados históricos extraídos do “Album de Formosa”, obra póstuma do escritor formosense Alfredo Nasser, por Zezé Weiss. 

Formosa Paixão
Foto: Lagoa Feia – Acervo: Prefeitura Municipal

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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