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Seguir Esperneando: Episódio 05

Seguir Esperneando: Episódio 05 – A Mãe De Todas As Boiadas

Seguir Esperneando: Episódio 05 – A Mãe De Todas As Boiadas

Ouçam o podcast da atriz Lucélia Santos, realizado em parceria com a Revista Xapuri.

A MÃE DE TODAS AS BOIADAS – Neste 5° episódio de seu podcast “Seguir Esperneando”, Lucélia Santos usa do seu lugar de fala para denunciar o PL 2.633/2020, que legaliza a Grilagem, a mãe de todas as boiadas.

A produção deste Podcast tornou-se possível pelo apoio solidário recebido de:

– FENAE (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal);

– FETEC-CUT /Centro Norte (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte);

– Sindicato dos Bancários de Brasília;

– SINPRO/DF (Sindicato dos Professores no Distrito Federal).

A quem agradecemos.

“Seguir Esperneando” é mais um espaço de resistência da Revista Xapuri, construído em parceria com a atriz e militante Lucélia Santos.

Este episódio, “A mãe de todas as boiadas”, resulta do esforço coletivo de:

Agamenon Torres – audiovisual;

Ana Paula Sabino – roteiro e redação;

Duda Meirelles – design, edição de som, e narração;

Janaina Faustino – produção;

Lucélia Santos – narração e direção;

Zezé Weiss – edição.

O roteiro foi construído com base em informações coletadas nas seguintes organizações da sociedade civil: ISA – Instituto Socioambiental, Ipam e Imazon, e em áudio gentilmente enviado pela advogada Juliana Batista.

Colabore com a Xapuri comprando um produto em nossa loja solidária: lojaxapuri.info ou fazendo doação de qualquer valor via pix: contato@xapuri.info.

Siga Lucélia Santos em suas redes sociais: @LucéliaSantosOficial.

Até o próximo episódio do “Seguir Esperneando”!


Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de comunicação independente, dedicado a garantir um espaço de Resistência pra quem não tem vez nem voz neste nosso injusto mundo de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso trabalho comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você!

P.S. Segue nosso WhatsApp61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!


Leia a Revista Xapuri – Edição Nº 81


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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