A era da estupidez
A terra ficou plana, Jesus esqueceu o Monte das Oliveiras e preferiu as goiabeiras, nossa diplomacia fala grego, tupi e latim e, em todas línguas do mundo, só asneiras
Por Fernando Brito
Nossos peixes, inteligentes que só, desviam do óleo, nossos irmãos negros deviam dar graças pela escravidão, nossos estudantes plantam maconha e sintetizam anfetaminas nos laboratórios de química, para garantir a produção de balbúrdia sem depender de importação e vamos permitir que todos andem armados, pois assim, com o excludente de ilicitude, poderão ser baleados sem o incômodo de um processo.
Ah, sim, o presidente da República e a polícia dizem que são os ambientalistas que ateiam fogo à floresta e um ministro insinua que também lançam óleo ao mar.
Fritar hambúrguer passou a ser currículo para representar o país nos EUA e o Twitter passou a ser a Voz do Brasil, diário extraoficial, mas não muito, do Governo.
Tem mais, claro: golden shower, faz-se ofensas à mulher do Presidente da França, invoca-se o AI-5 para proteger a democracia, o porteiro comete crime contra a segurança nacional e protege-se o Queiroz como essencial à segurança nacional e um desbocado charlatão vira Guru da República.
Falta alguma coisa?
Pois eu digo que não falta nada que mais falta faça que Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta que recolha, com humor esta tragédia.
Só isso, pois até o dedo-duro, personagem principal entre os imbecis pró-ditadura voltaram, agora sob o nome pomposo de delatores premiados.
Fonte: Tijolaço