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A maioria dos insetos do mundo desapareceram nos últimos 30 anos

A maioria dos insetos do mundo desapareceram nos últimos 30 anos

Quase 25% dos insetos do mundo desapareceram nos últimos 30 anos, revela novo estudo

 
Desde 1990, há uma redução de quase 1%, por ano, no número de insetos do planeta. Isso significa que nas últimas três décadas, desapareceram 24% da população global desses animais.

Os números foram compilados pelo maior levantamento internacional já feito sobre o tema e elaborado por pesquisadores do German Centre for Integrative Biodiversity Research, em parceria com a Universidade de Leipzig e a Martin Luther University Halle-Wittenberg, todas na Alemanha.

Para chegar a esses números, os cientistas analisaram 166 estudos de longo prazo, em quase 1.700 localidades no mundo.

“0,92% pode não parecer muito, mas na verdade significa 24% menos insetos em 30 anos e 50% menos em 75 anos. O declínio dos insetos acontece de maneira silenciosa e não notamos de um ano para o outro. É como voltar ao lugar em que você cresceu. É apenas porque você não está lá há anos que, de repente, percebe o quanto mudou, e muitas vezes não para melhor”, explica Roel van Klink, principal autor do artigo, que acaba de ser publicado na revista Science.

Globalmente, essa diminuição da população de insetos foi maior nos Estados Unidos e na Europa. Nesta última, o declínio foi mais acentuado a partir de 2005.

Os pesquisadores ainda não sabem apontar, entretanto, qual a causa exata pela redução desses animais. Mas acreditam que a destruição de habitats (desmatamento) pode ser a principal responsável.

Também há boas notícias

Todavia, o estudo alemão não traz só más notícias. A análise indica perda de população para os insetos terrestres, aqueles que passam a vida inteira em terra, como borboletas, gafanhotos e formigas, mas não para os aquáticos, como os mosquitos.

Essas espécies apresentaram um aumento em seus números, de quase 38% nos últimos 30 anos. Os especialistas afirmam que as melhores condições dos insetos aquáticos se devem à proteção de seus habitats.

“Esses números mostram que podemos reverter essas tendências negativas. Nos últimos 50 anos, várias medidas foram tomadas para limpar nossos rios e lagos poluídos em muitos lugares do mundo. Isso pode ter permitido a recuperação de muitas populações de insetos de água doce. Isso nos faz esperar que possamos reverter a tendência das populações que estão atualmente em declínio”, ressalta Jonathan Chase, professor do centro de biodiversidade de Leipzig.

Fonte: Conexão Planeta

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Suzana Camargo Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.
 
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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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