A PRIMEIRA GREVE DO SINTEGO
Logo após a promulgação da Constituição Federal – em 5 de outubro de 1988 – os profissionais da Educação, até então organizados em associações, unificaram-se e criaram o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO) – em 27 de novembro de 1988.
A entidade passou a representar os supervisores educacionais congregados pela ASSUEGO, os orientadores educacionais representados pela AOEGO, além dos professores e funcionários administrativos educacionais representados pelo CTG.
O SINTEGO torna-se o maior sindicato do Estado, tanto em número de filiados quanto em base de organização na capital e interior, além de ser a primeira entidade sindical de servidores públicos em Goiás.
A conscientização crescente da categoria deflagrou a primeira greve em Goiás, em 1979, e foi repreendida por cães, policiais e bombas. Contudo, a mobilização comandada pelo CPG cresce e encoraja outras categorias a se organizarem. A luta pela anistia política teve a contribuição significativa dos professores de Goiás. O movimento de valorização do professor tem a simpatia e respeito de toda a sociedade.
Em 1982, o CPG e outras entidades representantes de servidores públicos e rurais criam a Comissão Pró-CUT em Goiás, que conseguiu garantir, na justiça, a readmissão de servidores públicos demitidos pelo “decretão” do primeiro governo de Iris Rezende.
Ampliar a organização dos trabalhadores sempre foi a grande meta do CPG e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – fundada em 1983. Entre 82 e 88, o CPG conseguiu mobilizar os professores e conquistou o “Estatuto do Magistério do Município de Goiânia”, com eleição direta para diretor; o “Estatuto do Magistério Estadual”, garantindo piso salarial de quinze salários-mínimos.
Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, os trabalhadores do serviço público garantem o direito de criar sindicatos (antes da Constituição/88 só podiam se organizar em associações). Com este avanço, os trabalhadores passam a ter sua identidade reconhecida legalmente, e o governo é obrigado a negociar.
Fonte: Sintego.





