Agildo Ribeiro: O Capitão do Riso

Agildo Ribeiro: O Capitão do Riso
Por Gustavo Dourado
Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho
Nasceu no Rio de Janeiro
De pai revolucionário
Foi humorista pioneiro
No rádio e na televisão
Com o sorriso brasileiro

Foi ator e humorista
Comediante sem igual
Fez bordões inesquecíveis
Deu toque primordial
Com sarcasmo e ironia
Nos deu o riso essencial
Em 1932
O ano do nascimento
Dia 26 de abril
A em movimento
O sorriso foi aberto
Nas plagas do firmamento
Com o seu pai foi exilado
Nas terras de Portugal
Ainda era bem infante
Em um momento crucial
Revolução Constitucionalista
No território nacional
Na infância, Agildinho
Era como era conhecido
Imitava aos professores
Com seu riso atrevido
A graça com a realidade
Seu tempo foi bem vivido
Pela família foi educado
Em um colégio militar
de telefonista
Pois gostava de falar
Em sua vida o riso
Sempre em primeiro lugar
“Joãozinho anda para trás”
No Teatro do Estudante
Com Glauce Rocha no elenco
Foi momento triunfante
Sérgio Cardoso na equipe
O teatro exuberante
Peça “Auto da Compadecida”
Do vate
Tantos programas na tv
O riso foi sua fortuna
Agildo Ribeiro comediante
Que a sempre nos una
Atuou no Topo Gigio
Um programa infantil
Final dos anos 60
Fez sucesso no Brasil
Conquistou a criançada
Na terra do céu de anil
Atuações cinematográficas
As performances teatrais
Interpretou a João Grilo
Fez cenas monumentais
Sucesso como humorista
Com destaque nos jornais
Balança, mas não cai,, “Tá no Ar: a TV na TV”
“Estúdio A… Gildo”; “Zorra Total”
“Planeta dos Homens”, “Mister Show”
“A Festa é nossa”, bem legal
“Escolinha do Raimundo”
Com seu humor fundamental
Mais de 30 filmes e séries
“Angu de Caroço”; “Fuzileiro do
“ Divórcio à brasileira”; O Pai do Povo
“A Casa da Joana”; O grande pintor
“Altas Expectativas”; “O homem do ano”
Sempre foi um grande ator
Sítio do Picapau Amarelo; Escrito nas estrelas
“A Lua me disse”; De quina para a Lua
“O Xangô de Baker Street”
Gostava do povo na rua
Agildo Ribeiro, um mestre
No humor sentava a pua…
Foi o “capitão do riso”
Arte em radiodifusão
Comicidade na
Sucesso na televisão
Um artista do sorriso
A risada em profusão
“Minha missão na Terra
É divertir, é alegrar”
Desde cedo até dormir
A vida a nos engraçar
O riso desvela o ser
Ajuda a nos libertar…
gustavo_dourado-dzai-com-brGustavo Dourado é um dos maiores poetas-cordelistas do Brasil.  Gustavo é também presidente da Academia de Letras de Taguatinga, em 29/04/2018. 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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