Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
Mesquita

Primeira mesquita feminina da Índia, Âmbar adota energia solar

Para comemorar seus 20 anos de sua fundação, a primeira mesquita feminina da Índia, localizada na cidade de Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, está adotando a .  A mesquita de Ambar, que tem desempenhado um papel único na facilitação do diálogo dentro da comunidade sobre os direitos das mulheres, instalou painéis solares no telhado para ajudar a melhorar a qualidade do ar, reduzindo sua pegada de carbono.

“Nos últimos anos, a qualidade do ar na cidade tem se agravado, enquanto as áreas rurais de Uttar Pradesh têm sofrido freqüentes cortes de energia. Todos nós temos que fazer a nossa parte para melhorar a qualidade do ar e o acesso à eletricidade”, disse Shaista Amber, fundadora da mesquita.  “Todos devem ter acesso a ar limpo e eletricidade limpa. A eletricidade produzida a partir da energia solar não causa poluição do ar. Se todos começarem a usá-la, a qualidade do ar irá melhorar”, completa.

De acordo com uma recente pesquisa recente conduzida pelo instituto IndiaSpend e Fourth Lion, a demanda para a energia solar em Uttar Pradesh é significativamente elevada. A pesquisa relatou que 87% dos eleitores daquele estado optariam pela energia solar para melhorar a qualidade do ar e reduzir a poluição. A pesquisa também revelou que os cortes de energia continuam sendo o maior problema para os eleitores urbanos e rurais: 38% enfrentam cortes diários e 54%, cortes semanais, incluindo 58% das mulheres, 59% dos eleitores rurais e 61% dos Dalits.

Um relatório elaborado pela Equitorials, uma empresa de análise financeira, destaca que Uttar Pradesh tem como meta a instalação de 1,8 GW de energia solar até março de 2017. Em comparação, o estado adicionou 239MW de capacidade – apenas 13,1% da meta. Embora existam 271MW de capacidade de energia solar adicional que deverá entrar em operação entre janeiro de 2017 e março de 2017, essa adição só alcançaria 510MW, que é cerca de 28% da meta.

 

ANOTE AÍ:

o texto e as fotos internas desta matéria nos foram fornecidos por Rita , da A AViV Comunicação, a quem agradecemos. 
Rita Silva – rita.silva@avivcomunicacao.com.br Tel.: (11) 4625-0605

 

Mesquita Feminina 1

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA