Amor venha, olhe, vença

Amor venha, olhe, vença

Poema de Elizeu Braga

faça de mim sua morada
enquanto me livro de espadas,
balança, medo e sentença
vou me fazer de casa
deixar a porta encostada
nem se preocupa com a escada
a escama da fera enjaulada
que nessa altura já matei de fome
não me diga teu nome
nenhum numero de telefone
eu sei que você vai vir
se eu conseguir sem nenhum adereço
ser endereço de mim

Fonte: Livre Opinião