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APURUÍ, MARMELO-DO-CERRADO, MARMELADA-BOLA

APURUÍ, MARMELO-DO-CERRADO, MARMELADA-BOLA

Apuruí, Marmelo-do-, Marmelada-bola

No Cerrado tem… tem… tem fruta boa, deliciosa, como o marmelo, o marmelo bola, essa delícia! “

O Marmelo-do-Cerrado ou Marmelada-bola (Alibertia edulis), muito comum por todo o . Está sendo pesquisada pela Faculdade Ciências da da UFGD (MS) e as propriedades químicas e farmacológicas têm demonstrado a sua indicação para o uso medicinal.
Aliás, os , que a chamam de “Apuruí”, e o sertanejos, já conheciam suas propriedades curativas há tempos, tanto das , quanto das folhas e frutos. Serra da Boa Vista, região do Cerrado mineiro. Unaí – MG. Março, 2023.

Fonte: Nação
 
Apuruí, Marmelo-do-cerrado, Marmelada-bola
Nação Cerratense
 
Nota da Redação: Esta nota curta e promissora do Ronaldo Camargos nos fez pesquisar mais sobre o “Apuruí”. Encontramos este artigo muito interessante, ” Marmelo do Cerrado: uma planta alimentícia e promissora como medicinal”, da Profª do Carmo Vieira – UFGD, publicada em 12/05/2015, no Lobo Digital.
Em Mato Grosso do Sul, estão sendo estudadas, do ponto de vista agronômico, químico e farmacológico, espécies medicinais nativas, dentre elas a Alibertia edulis (L.C. Rich.) A.C. Rich., popularmente conhecida como “marmelada-bola”, “marmelo do Cerrado” e apuruí. A planta pertence à família Rubiaceae, a mesma do café, sendo nativa e bastante frequente no Cerrado brasileiro.
Um grupo de pesquisa da , da Faculdade de Ciências da Saúde, sob orientação da professora doutora Maria do Carmo Vieira e outros colaboradores, têm estudado a planta e encontrado resultados promissores que confirmam a indicação etnofarmacológica da marmelada-bola. 
Popularmente, as folhas do marmelo-do-cerrado são utilizadas para controle da hipertensão arterial, hiperglicemia e com atividade antioxidante, efeitos esses que estão sendo confirmados nos trabalhos científicos.
Em sua composição química, foram detectadas e isoladas substancias como iridoides, saponinas, flavonoides e alcaloides, sendo que essas substancias podem estar envolvidas nas atividades biológicas evidenciadas, como também as destacadas no conhecimento popular.
A espécie produz frutos o ano inteiro. Por isso, além do uso medicinal das folhas, os frutos têm utilidade na , por serem saborosos, de polpa parda, podendo ser consumidos in natura ou para preparar sucos, refrescos, ponche, geleias e doces.
O sabor do refresco, para alguns, lembra o de tamarindo e, para outros, de pêra. A parte escura e viscosa dos frutos, pela presença de pectina, talvez também possa ser usada para o “enchimento” de outros doces.
A polpa pode ser conservada congelada por muito . A semente torrada é usada para substituir o café e o fruto pode ainda ser dado ao gado como fonte de alimento. Observou-se, também o consumo das folhas por bovinos.
O fruto e a raiz do marmelo-do-cerrado são indicados para uso em casos de pneumonia. O xarope dos frutos é de uso comum na Amazônia. Os frutos macerados são estomáquicos. São também usados contra a catapora. Índios “cuna” colocam casca do puruí em água fria para fazer uma bebida lactagoga.
Outras informações podem ser obtidas no site:
Plantas Medicinais – www.wsplantasmedicinais.com.br
ou e-mail: Plantas Medicianis – contato@wsplantasmedicinais.com.br
Profª Maria do Carmo Vieira – UFGD
Diana Figueiredo de Santana Aquino – Pós-Doutoranda UFGD
Silvia Cristina Heredia Vieira – Bolsista PNPD – UEMS/CAPES

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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