Arroz-doce moreno à moda antiga
“O português com seu gênio de assimilação trouxera para sua mesa alimentos, temperos, doces, aromas, cores, adornos de pratos, costume e ritos de alimentação das mais requintadas civilizações do Oriente e do Norte da África. Esses valores e esses ritos se juntaram a combinações já antigas de pratos cristãos com mouros e israelitas (…)”.
(Gilberto Freyre in Manifesto Regionalista,1926.)Por Lúcia Resende
Arroz-de-leite ou arroz-doce é um prato que costuma frequentar as mesas brasileiras, seja como merenda ou sobremesa. Estudiosos apontam que a iguaria tem origem na culinária africana, cuja matriz é diversa e certamente vai além do dendê ou das pimentas. Na verdade, a ampla doçaria da costa mediterrânea da África espalhou-se pela Europa, aqui chegando com o colonizador.
Branco ou moreno, o arroz-doce tradicional dispensa acréscimos além dos ingredientes básicos usados por nossas avós. Nada de coco ralado ou leite condensado, por exemplo. O segredo da cremosidade está no modo de fazer.
A receita vem sendo passada de geração a geração, e o pulo do gato ensinado por avós, mães, tias e amigas. Dessa forma, essa delícia vai se perpetuando pela oralidade na cultura gastronômica brasileira.
Nossa receita, por exemplo, vem da dona Odete Vilas Boas, minha mãe, doceira de primeira, que ensinou a mim e a muita gente o segredo. Mas deixemos de prosa e vamos ao ensinamento!
Ingredientes
1 litro de leite
1 xícara (chá) de arroz
3 xícaras de água
1 ½ xícara de açúcar
1 pitada de sal
4 ou 5 cravos-da-índia
Canela para polvilhar
Modo de fazer
Em uma panela, coloque a água para ferver. Em seguida, acrescente o arroz e deixe cozinhar. Em outra panela, caramelize o açúcar, acrescente o leite e a pitada de sal e deixe ferver enquanto o arroz cozinha. Cozido o arroz, vá colocando sobre o leite, aos poucos, mexendo devagar. Depois, é só acrescentar o cravo e deixar ferver, mexendo sempre, para não grudar no fundo. Quando estiver bem cremoso, despejar numa vasilha e polvilhar com canela. Pode ser servido quente, frio ou gelado, conforme o gosto. Pra mim, não há como resistir ao arroz-doce fumegando num pratinho de sobremesa… hummmm!
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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas
Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz no “jardim das plantas tortas” de um pacato povoado cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje.
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