Baleia Jubarte: A bailarrina dos mares
A cada ano, entre os meses de julho e outubro, as baleias Jubarte deixam as águas geladas da Antártida para, depois de mais de 25 mil quilômetros de viagem em total jejum (elas só se alimentam de krill e pequenos peixes enquanto estão em seu ambiente polar), para acasalar sob o belo canto dos machos e gerar seus filhotes nas águas mornas do litoral brasileiro.
Por Izalete Tavares
A baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae), ou baleia-corcunda, ou baleia-cantora, mamífero marinho da ordem dos cetartiodactylos, subordem dos cetáceos e infra ordem dos misticetos, mede em média 12 a 17 metros (fêmea de 16 a 17) e pesa entre 35 e 40 toneladas.
Quando salta, a Jubarte eleva seu corpo quase completamente todo para fora da água. Durante o salto, suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento total, comparam- se às asas de uma ave. Essa é a origem do nome Megaptera, que em grego antigo significa “grandes asas”, enquanto novaeangliae refere-se ao primeiro local onde foi registrada a espécie, na Nova Inglaterra.
Como outras grandes baleias, a Jubarte já foi muito ameaçada pela caça industrial. Elas foram caçadas até a beira da extinção e, até a Moratória de 1966, a espécie foi reduzida a cerca de 90% de sua população. Hoje existem cerca de 80 mil exemplares na natureza. Mesmo com o fim da caça comercial, as baleias ainda sofrem com várias ameaças: emalhamento em redes de pesca, colisão com embarcações e poluição.
Izalete Tavares @izaletetavares