BIA DE LIMA: COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO E COM A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

BIA DE LIMA: COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO E COM A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

BIA DE LIMA: COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO E COM A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

A deputada estadual Bia de Lima (PT) reafirmou seu compromisso com a educação e os servidores públicos, destacando que seguirá na luta por melhorias para a categoria. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), a parlamentar tem uma trajetória marcada pela defesa do setor e anunciou novas iniciativas para fortalecer suas pautas em 2025.

“A partir deste terceiro ano de mandato, vamos buscar acelerar o passo das políticas públicas aprovadas na Alego. Além disso, pretendo estar mais presente nos municípios para garantir que aquilo que aprovamos aqui tenha efeito prático na vida das pessoas”, declarou Bia de Lima. 

Segundo ela, o foco será ampliar a implementação dos projetos do Governo Federal, em especial com a chegada de novos prefeitos e vereadores. “Como deputada do Governo Lula, minha responsabilidade é garantir que essas iniciativas cheguem à população de forma eficaz”, acrescentou.

Além da educação, a legisladora anunciou a criação de um gabinete itinerante, inspirado na iniciativa similar do Sintego. O objetivo é aproximar ainda mais a atuação parlamentar da realidade dos municípios. “Estaremos presentes nos municípios, ouvindo e atuando diretamente na luta pela valorização da carreira docente e de toda a população”, enfatizou. 

Outro ponto de atenção da parlamentar será a revogação da alíquota de 14,25% sobre os salários dos servidores aposentados, imposta pelo Governo Estadual. “A gestão Caiado precisa pôr fim a essa cobrança injusta, que penaliza aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço público”, afirmou.

Ela também se comprometeu a cobrar do Governo Estadual a realização de obras de infraestrutura, com ênfase na recuperação das rodovias estaduais. “O governador prometeu melhorias nas estradas utilizando recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) e estaremos vigilantes para garantir que essas obras saiam do papel e beneficiem a população”, destacou.

Com um mandato voltado à defesa da educação e dos servidores, a deputada reforça seu compromisso com a transformação social e a melhoria das condições de trabalho e de vida dos goianos.

Fonte: Portal da Alego

Capa: Agência Noticias de Goiás

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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