Bioplástico feito de resíduo de açaí: conquista brasileira
A humanidade vem enfrentando cada vez mais desafios para substituir produtos nocivos ao meio ambiente por soluções ecológicas e proporcionalmente vantajosas economicamente. Sabemos que existem ideias inovadoras e com potencial de desenvolver na sociedade, mas sempre há o pior obstáculo de todos: capital financeiro para levar adiante. Pensando nisso, o engenheiro florestal, Mário Scatolino, elaborou uma tese de doutorado sobre transformar resíduos de açaí em bioplástico. O projeto vem ganhando mais desenvolvimento com o trabalho dos pesquisadores Tarcísio Alves e Tiago Marcolino, da Universidade do Amapá.
Por Maria Letícia Marques
O açaí é um fruto brasileiro com bastante destaque nas regiões Norte do país. Há quem o ame e quem odeie. Mas, inegavelmente, ele tem ganhado o coração de muita gente atualmente.
Com a tese de doutorado, proposta por Mário Scatolino, ele pode ganhar também outra forma de ser utilizado. O processo para criação do bioplástico passa por um sistema de secagem e lavagem. Leva cerca de 7 dias para finalizar o processo.
O subproduto a ser obtido no final se chama filme de nanocelulose. A expectativa é que o material seja similar ao plástico e possa substituir pelo material convencional, que causa muitos danos ao meio ambiente.
A proposta de usar um fruto tão importante economicamente e culturalmente para regiões do Norte, como Amazonas, Amapá e Pará, com certeza é um elemento crucial para que essa ideia continue sendo desenvolvida. Além disso, conciliando a produção do produto com sustentabilidade, garantindo mais benefícios ao meio ambiente.
A pesquisa inovadora ainda está em fase laboratorial, mas é mais uma das ideias que nos fazem ter esperança de um futuro melhor.
Maria Letícia Marques – Colunista voluntária da Revista Xapuri. Este artigo não representa a opinião da Revista e é de responsabilidade da autora.