‘Interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério’, diz Bolsonaro
Por Daniel Gullino/O Globo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que “o interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério”. A afirmação ocorreu em discurso a garimpeiros de Serra Pelada (PA) em frente ao Palácio do Planalto, após Bolsonaro receber representantes do grupo. O presidente afirmou que irá divulgar um vídeo sobre a exploração do grafeno que, ajudaria a “abrir a cabeça da população”, e voltou a criticar o líder indígena Raoni Metuktire , dizendo que ele não fala pelos índios.
— Esse vídeo é muito bom para abrir a cabeça da população de que o interesse na Amazônia não é no índio nem na porra da árvore, é no minério. E o Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão, não fala pelos índios, não. É outro que vive tomando champanhe e em outros países por aí — disse o presidente.
Os garimpeiros pedem uma “administração militar” da área. Bolsonaro afirmou que enviará as Forças Armadas se houver amparo na lei. Ele disse que a situação será tratada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e afirmou que quer dar uma resposta ainda nesta terça.
— Se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá. Se tiver amparo legal, não vou prometer para vocês o que não posso fazer. Se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas lá, a gente resolve esse problema aí.
Empresas estrangeiras, ‘pelo que parece’, pagam propina.
O presidente afirmou que, “pelo que parece”, empresas estrangeiras pagam propina para não terem crimes ambientais divulgados, mas não especificou a quais companhias estava se referindo.
— O mundo, muitas vezes, (fica) criticando o garimpeiro. Agora, a covardia que fazem com o meio ambiente, empresas de vários países do mundo, ninguém toca no assunto porque a propina, pelo que parece, pelo que parece, corre solta, pelo que parece.
Empresas estrangeiras, ‘pelo que parece’, pagam propina.
O presidente afirmou que, “pelo que parece”, empresas estrangeiras pagam propina para não terem crimes ambientais divulgados, mas não especificou a quais companhias estava se referindo.
— O mundo, muitas vezes, (fica) criticando o garimpeiro. Agora, a covardia que fazem com o meio ambiente, empresas de vários países do mundo, ninguém toca no assunto porque a propina, pelo que parece, pelo que parece, corre solta, pelo que parece.
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