Briga de cachorro grande: o pitbull ataca – de novo!

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Carlos Bolsonaro chama líder do governo no Senado de “cadela no cio” e Major Olímpio responde: “Moleque”

A implosão do PSL ganhou mais um capítulo nas últimas horas, quando o vereador Carlos Bolsonaro, considerado pelo pai o pitbull da família, e o líder do governo no Senado, Major Olímpio, trocaram ofensas nas .

Na sexta-feira, Olímpio denunciou no Senado que havia uma conspiração para acabar com o partido, organizada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Da conspiração resultou um manifesto de deputados federais do PSL em apoio a Jair Bolsonaro.

Os parlamentares pediram “transparência” ao partido.

Seria uma forma de blindar o presidente da República das acusações de que foi eleito com o apoio de um laranjal em ao menos dois estados — Pernambuco e — e ao mesmo assumir o controle do fundo partidário milionário do PSL.

O ministro do , Marcelo Álvaro Antônio, foi denunciado pelo Ministério Público como mentor do laranjal em Minas, no qual candidatas fantasmas foram lançadas para desviar dinheiro público do fundo partidário.

Para livrar Bolsonaro das consequências políticas, aliados atribuem o controle do dinheiro na campanha de 2018 ao presidente do PSL, Luciano Bivar.

Carla Zambelli, Bibo Nunes, Alê Silva, Chris Tonietto, Aline Sleutjes, Carlos Jordy, Filipe Barros, Sanderson, General Girão, Luiz Lima, Bia Kicis, Hélio Lopes, Cabo Junio Amaral, Luiz Philippe de Orléans e Bragança, Guiga Peixoto, Márcio Labre, Vitor Hugo, Eduardo Bolsonaro e Daniel Silveira assinaram o manifesto contra a direção do partido

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Eles representam cerca de 35% da bancada do PSL na Câmara.

A reação do presidente do partido, Luciano Bivar, e de seus aliados foi afastar alguns dos que assinaram o manifesto de cargos em comissões da Câmara.

Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, reagiu nas redes sociais:

Vai me tirar da presidência da CREDN? Vai tentar punir quem é Bolsonaro e depois espalhar outdoorzinho com a sua cara ao lado da do presidente? Se for para falar esse tipo de m… pela imprensa pelo menos dê os nomes ou então fica quieto!

Ele não foi afastado. Ainda não.

Segundo Bivar, o presidente da República está sendo mal aconselhado.

 

Em entrevista a O Globo, ele disse que aves de rapina estão de olho no fundo partidário do PSL — com todos os serviços ligados ao dinheiro:

O senhor pretende alterar o comando do partido e entregá-lo ao presidente?

Não. O presidente nunca me falou sobre isso, pessoalmente. O que há é um grupo capitaneado por duas ou três pessoas, um juiz desempregado, uma advogada rapina, que querem dinheiro. É tão ruim eu discutir sobre isso. Isso é o que menos importa para mim e para o presidente. Essas pessoas, sorrateiramente, cujo objetivo é outro, estão nisso. Acho que o presidente não deve estar sendo bem aconselhado, porque estão vendendo ele como se fosse propriedade deles para forçar uma participação de domínio no partido e fazerem coisas que não são éticas.  

Na sexta-feira, advogados do presidente da República formalizaram um pedido de auditoria externa nas contas do PSL.

“A dotação orçamentária prevista para 2019 [do fundo partidário] é de R$ 810 milhões, dos quais o Partido Social Liberal receberá aproximadamente R$ 110 milhões. O valor é mais de 20 vezes o montante arrecadado pelo presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018 (R$ 4,39 milhões)”, diz o pedido.

O documento foi assinado pelos advogados Karina Kufa, Admar Gonzaga e Marcello Dias de Paula, representantes de Bolsonaro.

Para o líder do governo no Senado, Major Olímpio, foi parte da conspiração.

“Ficou mais que notório que quem estava por trás era um ex-ministro do TSE [Admar Gonzaga] e uma advogada espertalhona, Karina Kufa. Trabalhando nos bastidores. Infelizmente com o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que promoveu tudo. E quem perde é o presidente e o país. O PSL vai sair fortalecido. Algumas pessoas do PSL, se saíssem hoje, eu diria Deus leve, guarde e esqueça onde”, denunciou Olímpio no Senado.

Ele se referia também a seu colega Flávio Bolsonaro, conforme entrevista que deu na própria sexta-feira, em evento em  (vídeo no topo do post), em que disse não reconhecer o poder dos filhos do presidente da República.

Ao evento também compareceram o presidente Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria.

Bivar e Olímpio querem um entendimento, mas para chegar a um acordo Bolsonaro teria de enfraquecer consideravelmente o poder dos três filhos e de praticamente um terço dos parlamentares do partido, que se manifestaram publicamente contra a direção atual do PSL.

Carlos Bolsonaro não parece nem um pouco disposto a aceitar qualquer tipo de negociação ou bandeira branca, ao menos com o Major Olímpio.

Nas últimas horas, os dois voltaram a trocar ofensas nas redes sociais, incendiando seus seguidores.

Major Olímpio, no twitter: Sou Senador graças ao PRESIDENTE Bolsonaro, APOIO-O e continuarei apoiando, mas não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os “príncipes” prejudicando o governo do pai! “Não se opor ao erro é aprová-lo , não defender a verdade é negá-la”. São Tomás de Aquino.

Carlos Bolsonaro: Quando é para usar minha casa e meu telefone para chegar perto do presidente parece uma cadela no cio! Diz defender Bolsonaro, imagino quem não defende! Se dizia Márcio França, quando Dória venceu, foi voando “conversar”, mesmo contra o Presidente! Conheço sua laia, canalha!

Major Olímpio: É compreensível a sua baixaria e desespero em defesa do seu irmão, ainda mais falando em “telefonemas”… Quanto ao Dória, todos sabem que sou a maior oposição a ele em SP, e isso mostra realmente que você só fala besteiras, ou que é piadista! Não vou entrar nessa, moleque


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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