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Caiado, pague o nosso salário!

Caiado, pague o nosso salário!

Por: Bia de Lima

SINTEGO completa 30 anos de luta e entra em 2019 cobrando direito básico dos/as trabalhadores/as: o salário.

O direito básico do/a trabalhador/a de receber seu salário em dia, bem como férias e 13° salário, não vem sendo cumprido pelo atual governo de Goiás, liderado por Ronaldo Caiado (DEM). Desde o dia 3 de janeiro deste ano, data da primeira reunião entre a atual administração estadual e os representantes sindicais do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás, o SINTEGO luta incansavelmente para garantir o pagamento do salário integral do mês de dezembro de 2018, para ativos/as e aposentados/as.

CaiadoAté o momento, 44% da categoria da Educação já receberam seu salário líquido de dezembro, no entanto, outros 56%, cuja maioria tem para receber o 13° salário, férias, bônus, entre outras coisas, ainda não foram remunerados devidamente. Situação que atinge os/as aposentados/das da Educação e, chega no limite, já que este grupo recebeu o salário de fevereiro após o Carnaval, fora do prazo combinado, tornando a situação desesperadora.

A Educação foi a única categoria que já começou a receber o salário atrasado de dezembro, após um intenso trabalho de cobrança do SINTEGO, que articulou e conseguiu que o dinheiro destinado à pasta da Educação fosse administrado pela própria. As demais categorias entraram em um escalonamento definido pelo governo que, ressaltamos, não foi aceito pelas entidades sindicais.

A luta se estende há mais de dois meses. O Governo de Goiás e a Secretaria da Economia apresentam um discurso fraco e recorrente, alegando que não há dinheiro para o pagamento, mas travam processos, dificultam ainda mais as burocracias e erram em pontos essenciais, a exemplo da falha na folha de fevereiro dos/as aposentados/as que, além de não receberem no prazo acordado pela administração de Goiás, receberam o contracheque faltando o valor do complemento do salário mínimo, uma desumanidade.

Vamos continuar insistindo: paguem a Educação, não só o pessoal da ativa, mas também os/as aposentados/as. Não é justo o que este governo está fazendo com os/as trabalhadores/as e aposentados/ as, isso é um desgoverno. Exigimos respeito!”, declara a presidenta do SINTEGO, Bia de Lima.

O SINTEGO chega a 2019, com 30 anos completos de existência, reforçando seu histórico de luta pelos/as trabalhadores/as da Educação. Seguiremos resistindo! Salário não é favor, não é negociável, é direito do/a trabalhador/a. Ninguém solta a mão de ninguém!

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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