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A Caliandra

Calliandra, flor do Cerrado, sol da primavera

Calliandra, flor do Cerrado, sol da primavera

Por

Ame suave dormite no sonho

Adentre ao ser feito quimera

Morenua fada bailarina

Flor do cerrado sol da primavera

Navega sereia pelas águas da

Menina- deusa que encanta

Nave voavoárvore que floresce

Lua serena que ilumina e canta

O quer a luz da estrela

O sinal que o anuncia

A voz da natura que ecoa

O em forma de

SOBRE A CALLIANDRA

Calliandra é um gênero botânico exclusivamente neotropical com 132 espécies de plantas com flores que pertencem à família Fabaceae, subfamília  mimosoideae.

Essas espécies estão presentes na  Ásia, África, Américas e Austrália. Podem ser arbustos ou pequenas árvores  de folhas bipinadas. Suas flores tem formato globoso e são formadas por inúmeros estames  longos e finos. Tem vários nomes populares, como: Arbusto-chama, Diadema, Esponjinha, Esponjinha-sangue, Esponjinha vermelha, Mandararé, Topete-de-pavão.

O gênero Calliandra foi estabelecido por Bentham (1844) e inclui espécies da subfamília Mimosoideae com androceu polistêmone e monadelfo que possuem um tipo de legume caracterizado pela deiscência longitudinal elástica a partir do ápice e valvas com margens espessadas. O gênero foi recentemente revisado por Barneby (1998) que o expurgou dos elementos africanos e asiáticos de modo que, na sua atual circunscrição.

Características Gerais – A é uma planta arbustiva, lenhosa e muito florífera. Apresenta caule ramificado e folhas compostas, bipinadas e opostas, com folíolo pequenos, de cor verde escura. As inflorescências são do tipo umbela, com flores pentâmeras e vermelhas, caracterizadas pelos longos e sedosos estames, que dão ao conjunto da inflorescência um aspecto de pompom. É uma espécie muito ornamental, devido principalmente ao charme de suas flores felpudas. Ela é excelente para formar cercas vivas topiadas ou renques informais. Também pode ser plantada isolada, criando um certo destaque ao jardim quando está florida.

Condições de Cultivo – Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, drenável, sem cuidados especiais pois é bastante rústica. As podas de formação estimulam o adensamento da planta. Multiplica-se por estacas e sementes e é tolerante ao frio.

Gustavo Dourado é um dos maiores poetas-cordelistas do Brasil. Gustavo é também presidente da Academia de Letras de Taguatinga. Os dados sobre a Calliandra, que complementam esta matéria com o belo de Gustavo Dourado sobre essa flor,  foram todos extraídos da Wikipedia.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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