Filme “A Troca” é lançado…

Filme “A Troca” é lançado em apoio ao Acampamento Terra Livre 2018
 
Animação retorna no tempo para mostrar cometida contra povos indígenas e reforça que sua continua mais forte do que nunca

São Paulo, 10/4/2018 – As contribuições dos povos indígenas ao e as violências cometidas contra eles, ao longo da história, estão no centro da narrativa do filme “A Troca”, animação lançada nesta semana para divulgar o Acampamento Terra Livre, maior mobilização indígena do país, que acontece há 15 anos, em Brasília.

Em 2018, o protesto será realizado, entre 23 e 27 de abril, e tem como mote “Unificar as lutas em defesa do Brasil Indígena – Pela garantia dos direitos originários dos nossos povos.” Como em anos anteriores, a bandeira principal é a retomada das demarcações das Terras Indígenas, paralisadas no governo Temer.
“A Troca” retorna no tempo, retratando os contatos entre indígenas e bandeirantes, em diferentes momentos, entre os séculos XVI e XVII. O filme aborda a busca dos indígenas por manter seu modo de vida tradicional e interagir com os colonizadores por meio de trocas, no caso com a oferta de frutos da floresta, e a reação violenta dos brancos. A situação projeta-se até o presente, com a negação dos direitos dos índios e do reconhecimento da importância ambiental de suas terras para toda a .
A ideia do vídeo é mostrar que, depois de séculos de “troca injusta”, os povos indígenas seguem mais fortes do que nunca na sua resistência e convidam a sociedade brasileira para participar dessa . Ao final, o filme pede o apoio do expectador para o ATL 2018, seja contribuindo com doações seja compartilhando a mensagem em suas redes.
O filme foi realizado pela produtora Vetor Zero e pela agência J.Walter Thompson Brasil, parceira do Instituto Socioambiental (ISA). A direção é Mateus de Paula Santos, a produção executiva de Alberto Lopes e Sérgio Salles, a direção de e a ilustração de Arthur Crispim e Willian Santiago.
O ATL é promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), com apoio de organizações da sociedade civil, como o ISA, o Conselho Missionário (Cimi), o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), o Greenpeace, Uma Gota no Oceano, o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e Mídia
Ninja, entre outros.

 

FICHA TÉCNICA

Título: A Troca
Duração: 90”
Agência: J.Walter Thompson Brasil
Cliente: Instituto Socioambiental (ISA)
CCOs: Ricardo John e Rodrigo Grau
ECD: Humberto Fernandez
COO: Ana Hernandes
CRO: Andre PB
Direção de Criação: Mariana Borga
Diretor de Arte: Caio Gandolfi
Redação: Diego Ferrite
Atendimento: Renata Buess, Henrique Sarcinella e Caio Sabag
: Fernand Alphen e Marcus Pesavento
Diretora RTV: Marcia Lacaze
Produção RTV: Carolina Florentino

PRODUTORA DE VÍDEO: Vetor Zero
Direção: Mateus de Paula Santos
Produção Executiva: Alberto Lopes, Sérgio Salles
Direção de arte/Ilustração: Arthur Crispim e Willian Santiago
Motion Design: Marcio Mattos e Bruno Ronzani
Motion Design: Marcio Mattos e Bruno Ronzani
Finalização: Maisa Mendonça, Tati Caparelli, Larissa Zazula
Atendimento: Thaís Lopes

PRODUTORA DE ÁUDIO: Satélite Audio
Produtora de Som: Satélite Audio
Atendimento: Fernanda Costa e Tatiane Dias Ferreira
Produção: Equipe Satélite
Música: In the heart of the jungle
Música 2 (canto indígena): Marlui Miranda
Agradecimentos: Marlui Miranda

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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