De onde vem o sorvete

De onde vem o sorvete, uma das sobremesas mais populares do planeta –

            O sorvete, essa delícia congelada que refresca os dias quentes do verão brasileiro, e é uma das sobremesas mais populares de todos os , vem de eras muito antigas. Há trechos bíblicos que descrevem o Rei Salomão (966 a.C.  – 926 a.C.) degustando uma sobremesa congelada. E há relatos de que Alexandre, o Grande (356 a.C. – 323 a.C.) apreciava drinks supergelados feitos à base de mel e vinho. Mas os primeiros registros a respeito de uma sobremesa gelada feita com de vaca, cabra ou búfalo, misturados com outros ingredientes para dar cor e sabor,  são da Dinastia Tang (681 – 907).

Já os árabes costumavam fazer uma chamada sharabat, que eram  drinks supergelados feitos com cereja, romã e marmelo. Essas bebidas ficaram populares entre a aristocracia europeia, tanto que os europeus aprimoraram a receita com a ajuda dos franceses, mais tarde. Essas versões geladas líquidas foram transformadas em sobremesas congeladas no século 17, tendo açúcar adicionado à mistura de então. A primeira pessoa a registrar uma receita dessa guloseima foi Antono Latini, considerado por muitos como o criador do verdadeiro sorvete.

Em 1686, um italiano chamado Francesco Procópio dei Coltelli foi o responsável pela abertura do primeiro café de Paris. Lá, ele começou a comercializar o famoso gelato e fez sucesso entre os moradores locais, incluindo nomes célebres como Benjamin Frankiln, Victor Hugo e Napoleão. Procópio passou a ser conhecido como o pai do gelato italiano. Os franceses gostaram tanto da novidade que não demorou muito para que aprimorassem a receita de Procópio. Foi então que Nicolas Audiger acrescentou à receita de gelato novos sabores e resolveu agitar a mistura enquanto estivesse em seu processo de congelamento, para ter uma textura mais cremosa e macia. Nascia o sorvete francês fromage.

O sorvete chegou à América por volta de 1700, trazido por europeus que já dominavam as técnicas de produção. Não demorou para a sobremesa se tornar popular e amada por todos. Estima-se que, nos EUA, 9% da produção de leite é destinada à fabricação de sorvete.

O SORVETE NO

A da chegada do sorvete ao Brasil data de agosto de 1834, quando um navio americano chamado Madagascar aportou no Rio de Janeiro  com 217 toneladas de gelo.

Dois comerciantes cariocas compraram a carga e, com ela, produziram e passaram a comercializar sorvetes de frutas, chamados de “gelados”, em 23 de agosto de 1834. Para que o gelo não derretesse, ele era envolvido em serragem e enterrado em grandes covas. Assim, duravam de 4 a 5 meses!

Esse novo comércio provocou uma nos costumes sociais da época. Antes do sorvete, as eram proibidas de entrar em bares, cafés, docerias e confeitarias. Mas quando o sorvete chegou, as mulheres romperam essa convenção e passaram a invadir esses locais para degustar seus gelados.

Em , o primeiro registro de sorvete é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo, datado de 4 de janeiro de 1978, que dizia: “Sorvetes – todos os dias às 15  horas, na Rua , no 14”.

A primeira fábrica de sorvetes no Brasil foi a U.S. Markson do Brasil, fundada no Rio de Janeiro, em 1941.

Sorvete Tribuna do Cear%C3%A1

ANOTE AÍ:

Fontes

https://www.terra.com.br/criancas/not24.htm

https://www.megacurioso.com.br/culinaria/36625-prepare-se-para-babar-conheca-um-pouco-da-historia-do-sorvete.htm

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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