De resto, é deprimente, abominável….

De resto, é deprimente, abominável e lastimável. Assim seja!

Por Padre Joacir d´Abadia  
 
Há muitos anos, não mais que o tempo para se fazer uma persuasão de mudanças, comecei a me machucar com meus ditos a respeito dos acontecimentos que inevitavelmente não foram suficientemente superados em tempo hábil onde se evitasse um mal tão vultuoso para o credo como se tem observado nestes últimos reveses que tocaram e abalaram alguns dogmáticos.
 
Nestes últimos “cataclismos da fé” enxergamos um verdadeiro desfilar de uma que felizmente poderia ter sido evitado se realmente estivessem, cada qual sendo aquilo, e, tão somente o que foi chamado a ser.
 
*De resto*, oh! Penumbra! Lamento porque não quiseram ouvir ninguém. Escolheram a do destino, estão entre os malfeitores sem o conforto de uma vida livre, contudo, ainda tem como inevitável amizade uma companhia chamada consciência, a qual pode lhes dizer toda a mesmo que ainda frente a todo o exposto, eles queiram dizer, como deve se inteirar, à suas consciências tentando dissuadi-las desta fatal reciprocidade em coluio com as realidades errôneas. Destarte, uma realidade, *Deprimente.*
 
*Abominável…* É  a mais  clara manifestação  do  ateísmo  mais perigoso — o ateísmo religioso. Aquele que substitui o Evangelho  pela sociologia, o homem no lugar de Deus, às  opiniões  pessoais  em lugar  da fé.
 
É uma verdadeira apostasia da verdade, é “A última prova da Igreja” como nos fala o Catecismo da Igreja Católica que certamente muitos infratores legistas  desconhecem:
 
“Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes (Cf. Lc 18, 8; Mt 24, 12). A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na (Cf. Lc 21, 12; Jo 15, 19-20), porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasía da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado (Cf. 2 Ts 2, 4-12; 1 Ts 5. 2-3; 2 Jo 7; 1 Jo 2, 18.22) (Cf. A última prova da Igreja. CIC. 675).
 
*Lastimável…* É como voar com as Palavras! Parece que qualquer palavra que se deseja dizer em meio a tantos problemas humanos acontecendo torna apenas um eco inaudível.
 
Em umas situações a palavra escrita pode até ser deixada de lado importunando os gritos ferozes, ao passo que um dia os escritos vão voltar a ser história enquanto ao que se disse voa com os ventos.
 
Muitas palavras voaram e foram embora para um lugar tão distante que quando elas chegaram nos seus destinos finais, não se lia mais senão como “pronome”, o “nome” se perdera entre a estrada e a num voo rasante chamado “escrito na história”.
 
De resto,  é deprimente, abominável e lastimável este ateísmo religioso acovardado. Maldosos são os frutos de vossos ventres, mundanos; venha a todos nós a esperança de justiça, agora e na hora do julgamento eterno, *assim seja!*
 
ANOTE AÍ:
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@Padre Joacir d’Abadia – Filósofo, autor de vários livros.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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