DESFAZENDO MITOS NO DIA DOS NAMORADOS
Do zap do Antônio Carlos Queiroz, o ACQ:
“O amor não ilumina seu caminho. Isso é poste da CEB.
O amor não é aquilo que supera barreiras. Isso é gol de falta.
O amor não traça o seu destino. Isso é o GPS.
O amor não te dá força para superar os obstáculos. Isso se chama tração nas quatro rodas.
O amor não mostra o que realmente existe dentro de você. O que mostra isso é a endoscopia.
O amor não atrai os opostos. O nome disso é ímã.
O amor não é aquilo que deixa sem fôlego. O nome disso é asma.
O amor não é aquilo que te faz perder o foco. O nome disso é miopia.
O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo provar várias posições na cama. O nome disso é insônia.
O amor não torna os feios pessoas maravilhosas. O nome disso é dinheiro.
O amor não é o que homem faz na cama e leva a mulher à loucura. Experimente esquecer a toalha molhada em cima da cama!
O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente dizer coisas pra depois se arrepender. O nome disso é Vodka!
O amor não faz você passar horas conversando no telefone. São as promoções da Tim, Oi, Vivo ou Claro.
o amor não te dá água na boca. Bebedouro, né?
Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para que nunca tenha fim. Isso se chama férias.
O amor não é aquilo que gruda em você e quando vai embora arranca lágrimas. O nome disso é cera quente.”
Só pra desanuviar. Feliz Dia dos Namorados! E das Namoradas!
Antônio Carlos Queiroz (ACQ) é jornalista. Imagem de capa: Freepik.
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ARARAS: wikipedia
AS ONÇAS TAMBÉM NAMORAM
Registro de possível “namoro” entre duas onças-pintadas no Parque do Iguaçu traz esperança para aumento da população da espécie, ameaçada de extinção
Foram dois vídeos breves, gravados pelas armadilhas fotográficas do Projeto Onças do Iguaçu, mas bastaram para colocar em polvorosa a equipe de biólogos que trabalha pela conservação deste que é o maior felino das Américas, e que compartilhou a novidade em suas redes sociais:
“Se tem casal mais espetacular que esse no momento, a gente desconhece! Olha que delícia esses flagras do mais novo casal do pedaço: Indira e Peter. Dá até um quentinho no coração ver essas duas onças maravilhosas juntas. Pense nos filhotes lindos que isso pode gerar!”.
Os biólogos do Projeto Onças do Iguaçu explicam que as onças são animais solitários e os casais permanecem juntos apenas durante o cio das fêmeas, que dura de seis a 16 dias, em média. “Depois disso é cada um para o seu lado e a fêmea cria os filhotes sozinha”.
Estima-se que restem na Mata Atlântica apenas entre 230 e 300 onças-pintadas (Panthera onca). Um terço delas está justamente na área que abrange o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e reservas adjacentes do lado argentino. Esta é a única população da espécie neste bioma que, historicamente, tem apresentado crescimento.
No começo dos anos 2000, notou-se uma grande queda no número de indivíduos naquela região. Em 2009, acreditava-se que sobravam somente entre nove e onze onças. Mas gradativamente, a situação foi melhorando. Em 2014, um censo revelou a presença de 17 indivíduos. Dois anos mais tarde já eram 22, e em 2018 foram contabilizadas 28 delas.
Todavia, o último censo apontou uma estabilidade. No parque brasileiro, o número médio é de 24 animais (entre 20 e 28). “Apesar da estimativa média ter sido menor que a de 2018, isso estatisticamente não representa uma redução significativa, e sim uma estabilidade da população”, explica Yara Barros, coordenadora do Onças do Iguaçu.
Já no chamado Corredor Verde, área situada entre a fronteira da Argentina com o Brasil, estima-se que sejam 90 animais (entre 76 e 106).
Agora, quem sabe, com o namoro de Indira e Peter, em breve possamos noticiar o nascimento de mais uma oncinha… Ou duas!
*A onça Peter foi batizada com este nome para homenagear o pioneiro na pesquisa e conservação da espécie, Peter Crawshaw, que morreu vítima da covid-19.
Fotos: Maiara Andrade (Indira, à direita) e Peter (reprodução vídeo)