Caverna dos Ecos: u Patrimônio a ser preservado
Pra quem gosta de espeleologia e andar pelas bandas de Cocalzinho e Pirenópolis, vale a pena conhecer a Caverna dos Ecos, localizada no município de Cocalzinho, a apenas 70 quilômetros de Brasília e a 40 de Pirenópolis…
Por Eduardo Pereira
Descoberta em março de 1975, essa imensa Caverna dos Ecos, também chamada de Gruta dos Ecos, tem mais de um quilômetro de extensão (cerca de 1.275 metros) e chega a 150 metros de profundidade, com uma entrada de grande impacto de descida, a 142 metros de profundidade.
A caverna é de extrema importância para a espeleologia mundial, já que, em termos de litologia, não se conhece outra caverna dessa dimensão com essas características, formada por micaxistos e quartzitos, o que, segundo os especialistas, explica a ausência de espeleotemas.
Nela, encontra-se o maior lago subterrâneo da América do Sul, o Lago dos Ecos, com cerca de 300 metros de extensão por 50 metros de largura, e uma profundidade que varia de 10 a 15 metros.
Até onde já se explorou (seu mapeamento topográfico se estendeu por cinco anos), a Gruta dos Ecos é composta por seis grandes salões, onde podem ser observados incríveis encaixes de rochas de calcário e micaxisto.
Ente seus salões principais estão o Salão de Entrada, o Salão das Nuvens, a Galeria Açu, a Galeria Mirim, a Galeria do Lago e o Salão dos Morcegos, também conhecido como o Salão das Catacumbas. O mais bonito deles é o “Salão do Piano”, cuja formação se parece muito com um piano do tipo “rabo de peixe”.
Os estudiosos dizem que a existência de grandes blocos escorregadios, que formam obstáculos à passagem humana, indicam que a região pode já ter sido fundo de mar em épocas remotas.
É importante verificar se há autorização do IBAMA para as visitas.
Visitas só podem ser feitas com o acompanhamento de guias locais, contratados em Cocalzinho ou Pirenópolis.
O tempo médio de caminhada pelos salões da Gruta é de cerca de cinco horas, sendo permitida a prática do rapel e, respeitando-se as medidas de segurança indicadas, também o nado nas águas cristalinas do lago subterrâneo.
A visitação só é recomendável no período da seca e na presença de guias experientes. Durante as chuvas, há o risco do desmoronamento de rochas.
Foto: naufragiosdobrasil