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Empresa brasileira cria geladeira solar com consumo de 1/4 da energia convencional

Empresa brasileira cria geladeira solar que está garantindo maior qualidade de vida a famílias da África

600 milhões. Este é, aproximadamente, o número de pessoas que não possuem acesso à energia elétrica na África – e, com isso, enfrentam uma série de problemas. Entre eles, a dificuldade para conservar alimentos e medicamentos. Uma possível solução para esses desafios veio de uma empresa brasileira, a Youmma. Localizada na cidade de Joinville, em Santa Catarina, a companhia desenvolveu uma geladeira solar que, além de funcionar a partir da energia gerada pelo sol, demanda apenas um quarto da eletricidade consumida por geladeiras convencionais e ainda tem bateria com autonomia de um dia e meio.

Por Débora Spitzcovsky/The Greenest Post

Segundo a companhia, com o investimento de microempresários africanos, mais de 2 mil geladeiras solares – produzidas a um custo de US$ 100 a unidade – já foram entregues em comunidades vulneráveis de Uganda e Quênia.

A inovação, no entanto, não produz a que garante seu funcionamento, sendo necessária também a instalação de um painel fotovoltaico. Para essa parte, a Youmma conta com a ajuda da empresa queniana de energia solar M-Kopa: eles fecharam uma parceria que consiste em financiar a instalação desses painéis solares a um preço acessível para a comunidade. O valor é de até US$ 1,50/mês pelo período de 2 anos e garante a instalação de um sistema que também oferece iluminação solar para toda a casa do cliente.

Por enquanto, a geladeira solar é comercializada só para a África mesmo, mas a gente torce para a inovação poder beneficiar também comunidades aqui do que ainda não tem acesso à eletricidade.

Débora Spitzcovsky – Jornalista. Fonte: The Greenest Post. Este artigo não representa a opinião da e é de responsabilidade da autora.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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