FETEC PEDE FIM DE FINANCIAMENTOS PARA PROJETOS QUE DESTROEM O MEIO AMBIENTE

FETEC PEDE FIM DE FINANCIAMENTOS PARA PROJETOS QUE DESTROEM O MEIO AMBIENTE 

FETEC PEDE FIM DE FINANCIAMENTOS PARA PROJETOS QUE DESTROEM O MEIO AMBIENTE 

Federação Centro-Norte se junta  às centrais sindicais e movimentos sociais  para combater o PL da Devastação no Congresso  e defender os trabalhadores na COP 30.

No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) lançou um apelo ao sistema financeiro, principalmente aos bancos públicos: que parem de financiar os projetos de destruição ambiental, ressaltem a importância da participação dos trabalhadores na COP 30 e façam um chamado à sociedade para aumentar a mobilização e barrar o PL da Devastação, em tramitação no Congresso Nacional.

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 pela ONU (Organização das Nações Unidas) para reforçar a importância do Meio Ambiente e reforçar a necessidade de ações coletivas globais para reverter e solucionar os problemas ambientais do planeta. Este ano, a ONU definiu como foco o combate ao plástico. A cada minuto, o equivalente a um caminhão de lixo de plástico é jogado em nossos oceanos.

“A COP 30 tem tudo a ver com o Dia Mundial do Meio Ambiente, porque a conferência vai exatamente discutir a implementação de proteção do meio ambiente e alternativas para barrar a destruição do planeta e, junto com ele, a destruição de todas as espécies vivas, inclusive nós homens e mulheres”, alerta Vera Paoloni, uma das coordenadoras do Coletivo de Meio Ambiente da Fetec-CUT/CN. “E, como no filme Titanic, quem está na base da pirâmide é que vai sofrer os impactos mais sérios, seja com a elevação da temperatura dos oceanos e da atmosfera, a mudança dos ventos, as queimadas, a seca dos rios, as enchentes”.

“Então, lançamos um grito: parem de financiar a devastação. Parem de tramitar esse projeto de lei da destruição que está no Congresso Nacional, porque ele significa o fim da espécie humana e de todos os seres vivos. O planeta com certeza vai se regenerar, mas será sem nós, seres humanos. Então, parem urgentemente de nos matar. Esse é o grito dos movimentos sociais para a COP 30, para que evitemos a nossa eliminação”, acrescenta Vera Paoloni, que também é vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e presidente da CUT-PA.

BANCOS PRECISAM PARAR DE FINANCIAR PROJETOS DE DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Almir Araújo, também coordenador do Coletivo de Meio Ambiente da Fetec e presidente do Sindicato de Rondonópolis, defende a necessidade de a categoria e toda a sociedade pressionarem os bancos, principalmente os públicos, a interromperem o financiamento de projetos que provoquem desmatamento, poluição dos rios, aquecimento da atmosfera e a destruição do meio ambiente.

“Nós, como representantes dos trabalhadores do sistema financeiro, uma das nossas preocupações é que os bancos públicos financiem projetos que realmente beneficiem os projetos voltados para proteção do meio ambiente. Que cumpram o papel social e fomentem mais as políticas públicas de proteção do meio ambiente. É preciso barrar a política, principalmente dos bancos privados, de aprovar financiamentos em áreas griladas e de desmatamento. Essa será uma das nossas preocupações na COP 30”, informa Almir Araújo.

DERRUBAR O PL DA DEVASTAÇÃO 

O diretor da Fetec José Avelino Barreto Neto, outro coordenador do Coletivo de Meio Ambiente, vê com preocupação a tramitação do chamado “PL da Devastação” no Congresso Nacional, que propõe mudanças profundas no processo de licenciamento ambiental. 

Para ele, “o PL é um grave retrocesso e vai na contramão de todas as políticas de proteção ambiental e do espírito da COP 30. Por isso é importante aumentar a pressão sobre os parlamentares para que retirem o projeto de tramitação”.

Logotipo Fetec CN CUT scaledFonte: Fetec-CUT/CN

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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