A ficha começa a cair: popularidade do presidente em queda livre

A ficha começa a cair: popularidade do presidente em queda livre

A ficha começa a cair: popularidade do presidente em queda livre

Popularidade de Bolsonaro em queda livre

Por: Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia – 

O presidente Jair Bolsonaro continua queimando de forma acelerada seu de popularidade. De janeiro para cá, segundo pesquisa do IBOPE divulgada hoje, o índice dos que acham o governo bom ou ótimo despencou 15 p.p, passando de 49% para 34%. O percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 11%, em janeiro, para 24%.Pxeira ibopeCom esses números, Bolsonaro é o presidente eleito de primeiro mandato com menos popularidade no terceiro mês de governo. Fernando Henrique tinha 41% de bom e ótimo em março de 1995; Lula tinha 51% em março de 2003 e Dilma Rousseff tinha 56% nesse mesmo mês em 2011. No segundo mandato, FHC e Dilma tinham menos do que Bolsonaro hoje, mas não cabe a comparação com presidentes reeleitos.

Nem tudo está perdido para Bolsonaro, que ainda tem 51% de aprovação pessoal a seu modo de governar e a confiança de 49% dos entrevistados. Mas também esses índices estão caindo. Eram 57% e 55%, respectivamente, no mês passado.

A curva da popularidade bolsonariana corre para baixo, e se não houver um freio de arrumação no governo, vai continuar despencando. Aliados do presidente já falam em demissão de ministros problemáticos – Vélez? Ernesto? Damares? – e sua substituição por gente indicada pelos partidos.

A consequência imediata da queda da popularidade presidencial torna Bolsonaro mais dependente do Congresso, mais vulnerável a suas demandas e, sobretudo, diminui seu poder de fogo para aprovar a reforma da Previdência no formato enviado ao Congresso.

Não existe vácuo no poder. Sempre que o Executivo se fragiliza, o Congresso fica mais forte. Se não estancar sua perda de popularidade, ou se não conseguir fechar uma aliança com os partidos tradicionais que lhe dê blindagem política, a tendência é que, até o fim do ano, tenhamos mais um refém do presidencialismo à brasileira no Planalto.

 

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/helenachagas/387506/Popularidade-de-Bolsonaro-em-queda-livre.htm. Ilustração de capa: Pxeira. Conheça e apoie o  Jornalistas pela Democracia


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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