Todo santo ano, desde 1745, de quarta para quinta-feira da Semana Santa acontece na cidade Goiás, antiga capital do Estado, a Procissão do Fogaréu, cujo ritual, trazido pelo pároco espanhol João Perestelo de Vasconcelos Espíndola, representa a procura e a prisão de Cristo.
Zero hora da quinta-feira: as luzes dos postes do centro histórico da cidade se apagam, os tambores rufam e cerca de 4o homens encapuzados, os farricocos (soldados romanos), carregando tochas e entoando cantos em latim, dão início ao ritual.
Durante todo o percurso, que parte do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, passa pela Igreja do Rosário (representando o local da última ceia) e chega até a Igreja de São Francisco de Paula, que faz o papel do Monte das Oliveiras, onde Cristo foi preso, milhares de pessoas acompanham a procissão.
Desde a saída da procissão da porta da Igreja da Boa Morte, até a chegada na Igreja de São Francisco de Paula com um farricoco carregando um estandarte de linho pintado em duas faces, obra do artista plástico oitocentista Veiga Valle, com a imagem de Jesus simbolizando sua captura, a cerimônia dura cerca de uma hora.
Em busca de Cristo, os “soldados romanos”,vestidos com túnica comprida e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da semana santa na Espanha, vão até a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde encontram a mesa vazia já vazia da última ceia e, dali, seguem para o “Jardim das Oliveiras”, onde conseguem prender Jesus.
A prisão de Cristo é anunciada com toque de clarim. Depois da prisão, dá-se um momento de silêncio e, em seguida, conforme a tradição católica, é celebrada uma missa.
Foto – Procissão do fogaréu: curtamais.com.br
ANOTE AÍ:
Fontes: Prefeitura Municipal de Goiás, Rádio Vaticano. A foto de capa desta matéria foi distribuída pela organização da Procissão.
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