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Governo Lula libera 40 remédios para beneficiário do Bolsa Família

Governo Lula libera 40 remédios para beneficiário do Bolsa Família

Remédios para doenças crônicas – como diabetes, asma, hipertensão e osteoporose – foram listados e passam a ser gratuitos, assim como os anticoncepcionais

Por André Cintra/Portal Vermelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) anunciou, na manhã desta quarta-feira (7), no Recife (PE), a retomada e ampliação do Farmácia Popular, que havia sido esvaziado sob o governo Jair Bolsonaro (PL). Na solenidade de relançamento do programa, no Centro Comunitário da Paz (Compaz) Ariano Suassuna, Lula afirmou que 40 medicamentos serão liberados sem custos para beneficiários do Bolsa Família e para a população atendida nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

Remédios para doenças crônicas – como diabetes, asma, hipertensão e osteoporose – foram listados e passam a ser gratuitos, assim como os anticoncepcionais. Há também medicamentos com descontos de até 90% para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, glaucoma e fraldas geriátricas. Cerca de 55 milhões de brasileiros serão beneficiados.

Para ampliar a rede de atendimento, o governo assumiu o compromisso de levar o Farmácia Popular para 5.207 municípios brasileiros até o final de 2023. Com isso, o programa passará a abranger 93% do território nacional. Fazia oito anos que novas unidades não eram inauguradas.

Segundo Lula, essa ampliação reforça a prioridade do governo em famílias de baixa renda. “Muitas vezes, essas pessoas só são lembradas em época de eleição. Queremos nos lembrar delas depois da eleição, porque é para elas que a gente deve a nossa votação, a nossa eleição –e é pra ela prioritariamente que vamos governar”, afirmou.

“Embora a gente queira governar para todos, é importante saberem que são aqueles que estão embaixo, na periferia, que não tiveram a sorte de estudar e não aprenderam uma profissão – é para esses que eu fui eleito e é para esses que eu vou governar”, agregou o presidente.

Das 811 cidades que poderão solicitar o credenciamento de unidades, 94,4% ficam nas regiões Norte e Nordeste. Tudo para que, nas palavras de Lula, “mais farmácias possam participar – e a gente possa chegar no momento de atender à totalidade de pessoas necessitadas” no Brasil.

“Hoje, cuidar de doenças é muito caro. Qualquer remédio é muito caro”, enfatizou o presidente. “Cuidar do pobre é o melhor investimento que a gente pode fazer em qualquer país do mundo.”

Fonte: Portal Vermelho. Capa: Agência Brasil


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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