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Lula denuncia exploração comercial do pré-sal

Lula denuncia exploração comercial do pré-sal

No dia 15 de julho de 2010, com a determinação marcante de Lula, a Petrobras dava início à produção comercial do pré-sal, no poço de Baleia Franca, extraindo diariamente 13 mil barris de petróleo a cerca de 85 quilômetros da cidade de Anchieta, no Espírito Santo.

O feito foi alcançado após 22 meses de produção de petróleo em fase de testes e 4 anos após a primeira descoberta do pré-sal, na bacia de Santos. O campo de Baleia Franca está localizado a uma profundidade de 4.785 metros.

Lula esteve presente neste dia histórico, que só foi possível graças à vontade política do governo federal de se expandir a produção brasileira de petróleo, investindo em tecnologia e nas empresas nacionais, principalmente na Petrobras.

Passados 10 anos, a produção do pré-sal bate recordes, ultrapassando 1,7 milhão de barris de óleo por dia. Porém, essa riqueza que deveria servir aos interesses da nação, sendo direcionada para áreas como educação e infraestrutura, vem sendo entregue a preços irrisórios para multinacionais estrangeiras.

 

Lula Pré-sal
Lula exibe amostra do primeiro óleo retirado da camada Pré-Sal do Campo Baleia Franca. Foto: Ricardo Stuckert

O início da extração em Baleia Franca é um marco não apenas por ser o início da produção comercial, mas por ser um exemplo do avanço tecnológicos brasileiro. Para operar no local, foram adotadas tecnologias pioneiras, desenvolvidas especificamente para as condições geológicas do pré-sal.

Foram utilizados novos modelos de tubulações para o escoamento de petróleo que ligam o poço à plataforma, chamadas de risers flexíveis, além de novas técnicas para colocar os poços em produção.

A plataforma que explora a região é a FPSO Capixaba, com capacidade de produção de 100 mil barris por dia e capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barril. Antes ela atuava no campo de Golfinho e teve que ser adaptada para produzir o óleo do pré-sal em Baleia Franca, com a colocação de equipamentos para resistir, por exemplo, ao gás carbônico e o enxofre do petróleo.

Fonte: Instituto Lula


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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