#HiroshimaNuncaMais: Bomba Atômica Nunca Mais!

#HiroshimaNuncaMais: Bomba Atômica Nunca Mais!

“Hiroshima e Nagasaki foram alvos dos maiores atentados TERRORISTAS da da , cometidos pelos EUA.” Frase postada no Facebook por Até a Vitória, Sempre.

No dia em que o completa 74 anos do genocídio de Hiroshima e Nagasaki, não podemos nos calar. A matéria que se segue é da Revista Galileu. As fotos, conforme creditado pela revista, são do banco de imagens Getty Images. #HiroshimaNuncaMais!

No dia 6 de agosto de 1945, o então presidente norte-americano Harry Truman fez um discurso anunciando o que o japonês sofreria nos próximos dias: o lançamento de duas bombas atômicas às de Hiroshima e Nagasaki. A ação acabou tirando a de quase 200 mil pessoas.

O bombardeio foi uma resposta ao ataque japonês em 1941 à base norte-americana de Pearl Harbor, que matou 2.500 indivíduos.

Este ano, a ofensiva que devastou parte do Japão completa 74 anos. Em lembrança à data, o banco de imagens Getty Images disponibilizou 12 imagens históricas do episódio com exclusividade para a GALILEU.

Para Ahern, essas imagens têm até mais poder do que dados e relatos da época. “Pode ser difícil compreender o sofrimento em uma escala tão grande. Fatos, números e estatísticas nos informam e ajudam a entender essa escala – mas é indiscutivelmente pela que nos conectamos de uma forma mais poderosa”.

Veja a seguir as fotos (atenção, algumas têm cenas fortes de feridos):

A fumaça em forma de cogumelo que se formou após o lançamento da bomba em Hiroshima atingiu 6 km de altura. (Foto: The LIFE Picture Collection/Getty Images)
Cenário devastado de Hiroshima após a bomba atômica. (Foto: Bernard Hoffman/The LIFE Picture Collection/Getty Images)
A cidade de Nagasaki após o ataque em agosto de 1945. (Foto: Universal Images Group/Getty)
Objetos pessoais em meio aos destroços causado pela bomba em Nagasaki. (Foto: Bernard Hoffman/The LIFE Picture Collection/Getty Images)
Vítimas do bombardeio em Hiroshima em meio a mosquitos, no prédio de um banco que foi improvisado como hospital (Foto: Corbis/Getty Images)
O bairro Hacchobori, em Hiroshima, um ano após o bombardeio. (Foto: Getty Images)
Mãe e filho em Hiroshima, quatro meses após o ataque. (Foto: Alfred Eisenstaedt/Pix Inc./The LIFE Picture Collection/Getty Images)
O calor gerado pela bomba de Hiroshima causou o "efeito sombra" em locais distantes até 2 km do epicentro do bombardeio. (Foto: Keystone/Getty Images)
Homem vítima da bomba de Hiroshima com os braços queimados. (Foto: Keystone/Getty Images)
Crianças de Hiroshima usam máscaras para evitar o cheiro de cadáveres dois meses após o bombardeio. (Foto: Keystone/Getty Images)
Príncipe Mikasa, do Japão, visita um sobrevivente do ataque à bomba nuclear em Hiroshima em 2 de 1949 (Foto: The Asahi Shimbun/Getty Images)
Pessoas rezam pelas vítimas do bombardeio em Hiroshima no primeiro aniversário do ataque. (Foto: Getty Images)

 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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