bactérias roupas

Processo de lavagem causa troca microbiana no interior das lavadoras de roupas

As máquinas de lavar roupas domésticas foram alvo de um do Laboratory of Microbial Ecology and Technology, da Ghent, da Bélgica. A pesquisa demonstrou como as máquinas não esterilizadas passam bactérias para as roupas no momento da lavagem. Essa troca microbiana ocorre em vários equipamentos.

Amostras de uma camiseta nova de algodão foram lavadas juntamente com uma carga normal de roupas sujas. Como resultado, os pesquisadores constataram que o processo de lavagem causou uma troca microbiana que envolveu uma grande variedade de bactérias. As espécies microbianas causadoras de maus odores foram ainda mais distribuídas para as roupas.

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De acordo com o estudo, as bactérias entram na máquina de lavar roupa através de roupas desgastadas, roupas de casa e água que vem da rua. Dessa forma, o processo de lavanderia, que deveria entregar apenas roupas limpas visualmente e higienicamente, pode gerar efeitos negativos para a em alguns casos.

Nas últimas décadas, os processos de lavanderia e detergentes foram ajustados por razões ambientais e econômicas. A introdução de enzimas, a menor temperatura de lavagem, a diminuição do consumo de água e o uso de detergentes líquidos que não possuem efeito desinfetante são as principais adaptações nos processos de lavagem. Esses ajustes também afetaram a qualidade higiênica do processo de lavagem.

Na Europa, a lavanderia de peças coloridas é frequentemente feita com temperaturas entre 30 e 40°C, o que oferece boas condições para que as bactérias sobrevivam e, até mesmo, cresçam. Na China, Coreia do Sul, Japão e , a água fria é o tipo mais utilizado. Apenas 5% da lavagem domiciliar nos Estados Unidos é feita a 60°C ou mais, temperatura aconselhada para matar efetivamente as bactérias transmissoras de .

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Segundo o estudo, qualquer temperatura de lavagem mais baixa oferece condições de sobrevivência para as bactérias e aumenta o risco de contaminação cruzada nas roupas. Temperaturas de lavagem mais baixas que 40°C só são eficazes quando a lavagem inclui o uso de produtores branqueadores, como alvejantes à base de cloro. Está comprovado que detergentes domésticos normais removem sujeiras e manchas, mas não são eficientes para desinfecção.

ANOTE AÍ

Fonte: Site de curiosidades

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!