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Lula: Demarcações de terras indígenas vão ajudar a zerar o desmatamento

 

Lula diz que demarcações de vão ajudar a zerar o desmatamento

Nesta sexta-feira (28), no Acampamento Livre 2023, Lula e a ministra dos , Sonia Guajajara, homologaram seis terras indígenas

O presidente Luiz Inácio Lula da disse que as demarcações de terras indígenas são fundamentais para que se consiga zerar o desmatamento em todos os brasileiros até 2030. Essa é a principal meta estabelecida pela Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e no (PPCD).

Nesta sexta-feira (28), durante solenidade de encerramento do Acampamento Terra Livre 2023, Lula e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, assinaram decretos de homologação de seis terras indígenas.

Para se ter ideia, desde 2018, essas são as primeiras terras indígenas homologadas, ou seja, os governos de Michel Temer e Bolsonaro não homologaram terras.

São elas: TI Arara do Rio Amônia (AC), com população de 434 pessoas e portaria declaratória do ano de 2009; TI Kariri-Xocó (AL), com população de 2.300 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006; TI Rio dos Índios (RS), com população de 143 pessoas e portaria declaratória de 2004; TI Tremembé da Barra do Mundaú (CE), com população de 580 pessoas e portaria declaratória do ano de 2015; TI Uneiuxi (AM), com população de 249 pessoas e portaria declaratória do ano de 2006; e TI Avá-Canoeiro (GO), com população de nove pessoas e portaria declaratória do ano de 1996.

Leia mais: Após mudança em lei, Brasil celebra Dia dos Povos Indígenas

Eles anunciaram ainda a liberação de R$ 12,3 milhões à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), para a aquisição de insumos, ferramentas e equipamentos às casas de farinha, recuperando a capacidade produtiva das comunidades indígenas Yanomami.

“Vamos trabalhar muito para fazer o maior número possível de demarcações de terras indígenas. Não só porque é um direito dos povos indígenas, mas também porque se queremos chegar em 2030 com desmatamento zero, é preciso demarcar”, disse o presidente.

“Hoje tenho a alegria de assinar a homologação de seis territórios indígenas. A luta por dos povos indígenas é uma luta por respeito, direitos e proteção da nossa natureza e país. Estamos avançando”, discursou o presidente durante o evento.

Lula disse que os indígenas brasileiros devem ser respeitados e tratados com toda a dignidade que merecem.

“Os indígenas não devem favor a ninguém. É preciso respeitar hábitos, costumes e tradições dos povos indígenas. É um compromisso que assumi durante a campanha e cumpriremos no governo”, afirmou.

Compromisso

Disse que seu governo tem compromissos com os povos indígenas. “Todos os nossos ministros sabem que devem atender as reivindicações dos povos indígenas, porque elas foram negadas a vida inteira. A população no Brasil dobrou, o que significa que os povos indígenas precisam de mais terras, , educação”.

“Fui à Roraima. Jamais imaginei que um governo poderia deixar seu povo ficar naquele jeito. Crianças desnutridas no país que é o terceiro maior produtor de alimentos no mundo”.

Fonte: Iram Alfaia/Portal Vermelho Capa: Ricardo Stuckert/PR


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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