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Lula, em nota de solidariedade a Suzano: Nós não precisamos de mais armas para que mais massacres aconteçam. O Brasil precisa de paz.

Lula, em nota de a Suzano: Nós não precisamos de mais armas para que mais massacres aconteçam. O precisa de paz.

Em um dos ataques mais letais da nossa história, dois ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil, localizada em Suzano, na Grande , assassinaram dez pessoas, incluindo eles próprios, na manhã desta quarta-feira, 13 de março.

Solidário, o se manifestou expressando sua solidariedade aos alunos, e familiares impactados pela tragédia de Suzano. Veja o post do presidente Lula.

Lula @LulaOficial:

Toda solidariedade aos alunos e trabalhadores da escola Raul Brasil e aos familiares das vítimas que hoje enfrentaram essa terrível tragédia. Que aqueles que incentivam a cultura do ódio e da violência entendam que não precisamos de mais armas para que massacres como o de Suzano não se tornem cotidianos em nosso país.
Luiz Inácio Lula da Silva
Lula Suzano

O atual mandatário do país só se manifestou sete horas depois do massacre. Antes, porém, na mesma manhã de hoje, o vizinho da assassino de Marielle havia feito declarações públicas em defesa da liberação do porte de armas.

Abaixo, Os atiradores Luiz Henrique de Castro, de 25 anos (à ) e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos: 

Os atiradores Luiz Henrique de Castro, 25 anos (à esquerda) e Guilherme Taucci Monteiro, 17.
O Jornal El País publicou no dia de hoje um perfil dos jovens que cometeram o Massacre de Suzano:Na rua do bairro de classe média em Suzano onde Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, viviam, os vizinhos estão incrédulos.Não conseguem entender como os rapazes “tranquilos”, que costumavam sentar na guia da calçada para conversar, puderam cometer tamanha atrocidade: invadir a Escola Estadual Raul Brasil, disparar contra duas funcionárias e matar cinco adolescentes — outras duas pessoas foram socorridas, mas uma morreu a caminho e outra no hospital.Os dois eram vizinhos na rua de paralelepípedo, suas casas ficavam uma ao lado da outra.Viviam no local desde crianças. Também estudaram na mesma escola onde praticaram o massacre: a Escola Estadual Professor Raul Brasil, a menos de um quilômetro de distância de suas casas.Cinco horas depois do crime, a pacata via recebia a visita ostensiva de carros policiais, que buscavam qualquer indício da motivação do crime. Assustados, vizinhos se trancaram dentro de suas casas, e quando abordados pela imprensa repetiam que tudo era surpreendente.Guilherme vem de uma família desestruturada, segundo os vizinhos: a da mãe fez com que ele fosse criado pela avó.Vivia também com o padrasto e com duas irmãs mais novas. Pouco depois das 14h, uma tia, que se identificou apenas como Sônia, deixava o local. Ela mora nos fundos da casa e afirmou que a família está chocada. “Ninguém esperava que ele pudesse fazer isso”, disse, antes de entrar no carro.Nenhum outro familiar estava no local. Ainda segundo os vizinhos, antes de entrar na escola, os jovens fizeram uma outra vítima do lado de fora, o dono de uma locadora de carro.Era o tio de Guilherme, que também morreu.Na casa de Luiz Henrique, a mãe, o pai e os avós, com quem ele vivia, também haviam deixado o imóvel. Fabricio Cicone, que se identificou como advogado da família, afirmou que todos estão “extremamente abalados”. “Era um rapaz estudioso, trabalhador.Ninguém entende.”“A gente era amigo desde os 13 anos. Ele gostava muito de jogar videogame, de jogar futebol, nunca demonstrou isso… todo o tempo que convivi com ele, ele era um menino de boa, calmo. Nunca falou em bater, em matar ninguém. Nunca falou nada de arma, nem de colecionar arma”, conta emocionado Cesar Expedito, de 27 anos, amigo de Luiz Henrique. “Ele começou a trabalhar há um ano lá em Guaianazes com o pai, capinando.”Cesar diz que Luiz Henrique tinha uma relação normal com a família e menciona apenas algumas brigas, “o que acontece em toda a família”. Outra vizinha, que não quis se identificar, disse que “o Luiz era o mais explosivo e o Guilherme era mais tranquilo”.A vizinhança especula sobre razões para o ocorrido e comenta sobre o perfil dos jovens apontados como autores do atentado. “Para mim, o Luiz tinha mais o perfil de planejar algo assim”, conta outro vizinho, que também não quer se identificar. Outros dizem que a família de Luiz mal falava com os vizinhos. “Sempre foram muito reservados, eram de pouca conversa.”Os crimes cometidos pelos jovens em Suzano guardam uma série de semelhanças com os cometidos por Eric Harris e Dylan Klebold na Columbine High School, no Colorado, Estados Unidos, em 1999, que deixou 13 mortos e 24 feridos. Nos dois casos, tratava-se de ex-alunos que usaram diferentes tipos de armas — entre eles explosivos — e usavam roupas escuras, bonés, luvas e cinto tático.Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/13/politica/1552501004_247426.html
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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