Lula: Vou libertar o país dessa quadrilha de milicianos

“Vou libertar o país dessa quadrilha de milicianos”, diz

No Festival Lula Livre, em Recife, líder petista defende a anulação dos processos que responde, aos quais chamou de “safadeza”, na Lava Jato

Sem desacelerar o discurso contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da (PT) prometeu lutar para livrar o Brasil da “quadrilha de milicianos que tomou o país”, expressão usada pelo petista. Ele disparou o ataque em discurso no Festival Lula Livre em Recife (PE). Tiraram de um cidadão de 74 anos 580 dias, trancado em uma prisão, enquanto a verdadeira quadrilha está solta por aí.

“Vocês podem ter certeza de que cada minuto que eu terei de daqui para frente será para libertar o país dessa quadrilha de milicianos”, cravou Lula. O petista também alfinetou o ex-juiz federal e hoje ministro de Justiça, Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.
 “Agora a campanha Lula Livre terá que ser muito maior. Agora é pela anulação da safadeza desses processos (da Lava Jato). Que apresentem provas contra mim. Eu adoraria. Eu adoraria que o Moro e o Dallagnol estivessem aqui. Para gente ver quem é safado nesse país”, desafiou.

“O show vai continuar. Na , o show não pára”, brincou o petista. Durante o discurso, Lula fez questão de citar especialmente dois personagens: a socióloga Rosângela da Silva, de 52 anos, apelidada como Janja, e o ex-candidato ao Planalto em 2018 e ex-ministro da , Fernando Haddad.

Janja apoiou Lula durantes os meses de prisão em Porto Alegre e recentemente deixou o emprego público em Itaipu, dentro de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). O casal planeja se casar. O líder do PT não poupou elogios para Haddad. “Foi o melhor ministro da Educação que esse país já teve”, sentenciou.
Fonte: metropoles.com


Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de independente, dedicado a garantir um espaço de pra quem não tem  vez nem voz neste nosso injusto mundo de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia. GRATIDÃO!
 
PHOTO 2021 02 03 15 06 15

 E-Book Caminhando na Floresta

Um imperdível sobre a experiência do autor na convivência com os do Vale do Acre nos tempos de Chico Mendes.
COMPRE AQUI

Capa Caminhando na Floresta 1560x2050 px Amazon 1

 

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA